lunes, 5 de diciembre de 2011

Antropologia do Imaginário-Porque algumas pessoas veem o rosto de Jesus em sanduíches


Acredite se quiser, mas um sanduíche de queijo de 10 anos de idade foi vendido em leilão por 28 mil dólares (cerca de 50 mil reais) simplesmente porque as pessoas achavam que viam o rosto da Virgem Maria nas dobras da comida estragada.
E não é a primeira vez que as pessoas encontram um significado profundo em objetos mundanos. A diferença é que agora os cientistas dizem saber por que isso acontece – e como funciona.
Segundo os especialistas, nosso cérebro é “ligado” para prestar atenção quando vemos objetos que lembram algo que já sabemos.
Ele automaticamente identifica objetos semelhantes e, em seguida, os organiza de acordo com o tipo. É por isso que podemos olhar para um boné e um chapéu country e saber de imediato que ambos são chapéus, por exemplo.
Os pesquisadores começaram a se perguntar que partes do cérebro são ativadas quando pessoas veem significado em objetos mundanos.
Assim, eles reuniram 10 voluntários que estavam dispostos a “mentir” em um scanner cerebral enquanto olhavam para um monte de rabiscos. Os voluntários do estudo foram solicitados a classificar os rabiscos em uma escala de 1 a 5 como sendo significativos ou não, conforme as imagens passavam (significativos seriam os rabiscos que lembrassem aos voluntários algo real, como um animal ou um rosto).
Cada vez que um rabisco passava, várias partes do córtex visual do cérebro brilhavam, incluindo uma região na parte frontal conhecida por estar envolvida na análise do significado e importância dos dados que os olhos estão transmitindo para o cérebro.
Em seguida, os voluntários foram convidados a olhar para uma série maior de rabiscos – que também continham os que já haviam sido vistos. As instruções para os voluntários desta vez eram escolher os que tinham passado na primeira parte do experimento.
Mais uma vez, várias regiões do córtex visual se ativaram conforme os voluntários assistiram os rabiscos. Mas, curiosamente, a região frontal ficou quieta quando rabiscos “significativos” passaram na tela.
O que isto significa, segundo os pesquisadores, é que os cérebros dos voluntários catalogaram esses rabiscos na visão anterior como rostos ou animais ou algo mais significativo para eles. Desta vez, não houve necessidade de analisar as formas novamente.
O objetivo de tudo isso é mais provavelmente promover nossa sobrevivência. Quando estávamos evoluindo, na savana, era importante reconhecer qualquer coisa que parecesse um predador.
Assim, se você estivesse vagando à noite, precisava reconhecer que as sombras poderiam ser ameaçadoras. Se você não conseguisse identificar a sombra que se parecesse vagamente com um animal, você poderia ser comido.
No mundo moderno, ainda estamos à procura de padrões importantes. Então, agora, quando você ver uma batata frita que se parece com Roberto Carlos, seu cérebro vai achar que você está vendo uma outra manifestação do Rei.

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