martes, 26 de junio de 2012

Evolulionismo e criacionismo científico


Big Bang não precisou de Deus [estudo]

No eterno debate sobre a existência de Deus, há quem argumente que, sem um Criador, o próprio Big Bang não teria existido. Para o astrofísico Alex Filippenko, da Universidade da Califórnia (EUA), porém, não é bem por aí. “O Big Bang pode ter ocorrido simplesmente graças às leis da Física”, disse recentemente durante a SETICon 2 (sigla em inglês para “2ª Conferência da Busca de Inteligência Extraterrestre”).
No bizarro mundo da Física Quântica – que opera em escala sub-atômica –, matéria e energia aparecem e somem de repente, sem qualquer explicação. E isso, sugerem alguns pesquisadores, pode estar por trás da origem do universo.
“Se aqui nesta sala você ‘torcesse’ o tempo e o espaço da maneira certa, poderia muito bem criar um novo universo. Talvez não conseguisse entrar nele, mas iria criá-lo”, sugeriu o astrônomo Seth Shostak, do Instituto SETI, durante a conferência.
Antes que os ateus possam levantar e dizer “ahá!”, Filippenko ressaltou que há uma grande distância entre mostrar que Deus não foi necessário para o Big Bang e provar que ele não existe de fato. “Não acho que você possa usar a ciência para provar a existência ou não existência de Deus”, opinou.
Além disso, se o universo surgiu simplesmente a partir das Leis da Física, de onde surgiram as próprias Leis? Se Deus as criou, de onde Ele veio? E o debate continua…

Segundo o Papa, Deus está por trás do Big Bang


Tentando amenizar a imagem de retrógrada da Igreja Católica, o Papa Bento XVI reconheceu o Big Bang como um evento legítimo – mas, segundo o pontífice, Deus teria causado o evento.
De acordo com o Papa, a criação do Universo não foi um acontecimento aleatório, que aconteceu por coincidência. Deus, teria planejado o Big Bang.
A imagem de retrógrada da Igreja vem dos tempos em que Galileu foi condenado por pregar a teoria heliocentrista, que dizia que a Terra girava ao redor do Sol, e não o contrário. Mas agora ela está se aproximando mais da ciência, a medida que se afasta de seguir ensinamentos literais da Bíblia, buscando interpretá-los.
No ano passado, por exemplo, o prefeito da cidade do Vaticano, o Cardeal Giovanni Lajolo e mais uma comitiva de religiosos visitou o CERN, laboratório onde fica o Grande Colisor de Hádrons. De acordo com ele, a ciência irá ajudar a fé dos católicos a se purificar.
A declaração do Papa faz com que os criacionistas fiquem com pé atrás – a Igreja, afinal, não divulgaria mais que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo.

O cosmo possui uma história anterior ao Big Bang


Segundo cientistas, o Universo apresenta “ecos” de eventos que aconteceram antes do Big Bang. Essas marcas podem ser vistas nas microondas de radiação que preenchem o Universo.
O cosmologista Roger Penrose afirma que os eventos parecem como “anéis” ao redor de aglomerados de galáxias. Ele criou o termo “aeon” para se referir a uma era do universo, como diferentes eras da história. Segundo Penrose, houve aeons antes do nosso, que culminaram no evento Big Bang e que deram início ao nosso aeon.
Para chegar a essa conclusão, Penrose e Vahe Gurzadyan (cientista da Universidade Yerevan, da Armênia) analisaram as temperaturas praticamente uniformes que preenchem os espaços vazios do Universo. Eles pesquisaram quase 11 mil lugares, especialmente galáxias que se fundiram e criaram buracos negros enormes.
Quando esses buracos negros são criados, há uma enorme liberação de energia. Se os mesmos eventos se repetem em diferentes aeons, ou seja, as mesmas coisas acontecem em diferentes períodos da história do universo, se repetindo infinitamente, essas energias de aeons passados poderiam ser encontradas.
A pesquisa mostrou 12 eventos em que há “anéis” de energia ao redor de estruturas espaciais, alguns com até cinco anéis de energia, mostrando que eventos massivos poderiam sair desses objetos mais de uma vez na história.
A descoberta é fascinante porque pode mostrar que tudo no universo é cíclico, incluindo a vida na Terra e nossa própria existência.

Procuram-se evidências do Big Bang


As evidências do Big Bang podem desaparecer daqui a um trilhão de anos, mas já tem gente fazendo alerta. Os sinais da explosão que deu origem ao universo há 13,7 bilhões de anos vão sumir, dizem alguns pesquisadores. Eles disseram também que a nossa galáxia, a Via Láctea, vai ter colidido com sua vizinha, Andromeda. Felizmente, estes cientistas identificaram algumas pistas para guardar para nossos descendentes refazerem a história do universo.
Atualmente, astrônomos conseguem ver galáxias distantes que se formaram apenas há milhões de anos depois que o universo começou a se expandir. Eles também podem estudar a radiação cósmica de fundo, uma luz difusa no cosmo que foi criada pelo Big Bang. Contudo, no futuro, estas evidências vão sumir. A luz provavelmente vai ter esmoecido e ter sido “esticada” a um ponto em que suas partículas de luz, chamadas fótons, terão comprimentos de onda mais longos que o universo visível.
E porque o universo está se expandindo, as galáxias mais antigas que estão em nosso ponto de visão, vão estar muito longe da Terra. O Sol e outras estrelas vão ter morrido e a nossa vizinhança cósmica estará mais vazia. Contudo, nem tudo está perdido para os futuros detetives cósmicos, porque alguns astrônomos poderão estudar o Bing Bang por meio das chamadas estrelas hipervelozes que forem expulsas das galáxias Via Láctea e Andromeda. Estas serão as fontes de luz mais distantes visíveis aos astrônomos do futuro.
“Nós costumávamos pensar que a observação do cosmos não seria possível daqui a um trilhão de anos”, disse o diretor do Institute for Theory and Computation, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Avi Loeb. “Agora sabemos que não vai ser o caso, graças às estrelas hipervelozes”. Estas estrelas são criadas quando um par de estrelas binárias se aproxima do enorme buraco negro do centro da galáxia. A força gravitacional consegue romper a ligação das duas, sugando uma para dentro e expulsando a outra a uma velocidade de 1,6 milhões de quilômetros por hora.
Tendo escapado da galáxia, a estrela será acelerada pela expansão do universo. Medindo a velocidade da estrela, os astrônomos do futuro poderão deduzir a expansão, que pode levar até o Big Bang. Combinada às informações sobre a idade da galáxia formada da colisão da nossa com a Andrômeda, por meio de suas estrelas, nossos descendentes poderão calcular a idade do universo e outros parâmetros importantes.
“Com cálculos cuidadosos e análises inteligentes, os astrônomos poderão encontrar evidências sutis da história do universo daqui a um trilhão de anos”, disse Loeb.

Cientistas do Big Bang aproximam-se de partícula exótica

Desde setembro de 2008, quando funcionou pela primeira vez em túneis instalados sob os Alpes Suíços, o Projeto Big Bang tem levantado expectativas sobre as descobertas que estão por vir. Pois bem, o acelerador de partículas de 10 bilhões de dólares (Grande Colisor de Hádrons, LHC em inglês), carro-chefe do projeto Big Bang, parece ter feito alguns registros importantes.
A pesquisa, segundo os cientistas, está muito perto de descobrir algo almejado há tempos: a partícula teórica chamada Boson de Higgs. Esta partícula, por enquanto, é apenas uma teoria, mas os pesquisadores afirmam que, uma vez descoberta em estado natural, poderia ser a chave para entender fatos sobre a massa do universo.
O objetivo primário pelo qual o Projeto Big Bang foi criado é justamente simulá-lo. As colisões de partículas têm como meta recriar, em miniatura, a colisão que ocorreu – estima-se – há 13,7 bilhões de anos, dando origem ao universo.
O colisor de partícula está confirmando algumas teorias criadas no século XX e refutando outras. A novidade da vez é que indícios levam a crer que o universo é basicamente composto por pequenos cordões vibratórios de matéria



















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