domingo, 2 de septiembre de 2012

Luteranismo - Livro de Concórdia



    O Luteranismo é um ramo do Cristianismo fundado por Martinho Lutero, pioneiro da Reforma da Igreja Católica na Alemanha, a partir de 1517, sendo sua orientação teológica a base doutrinária de todas as Igrejas Luteranas espalhadas pelo mundo.
 

     Martin Lutero, um Católico Romano fervoroso, decidiu entrar para o claustro num mosteiro Agostiniano, sendo ordenado padre em 1507. Segundo alguns historiadores, devido a um acontecimento sobrenatural, onde ele sobreviveu a uma tempestade na estrada, após ter dito: "Ajuda-me Santa Ana! Eu serei um monge!".
      No mosteiro, Lutero vivia em angústias e desespero por dúvidas que tinha sobre seus méritos espirituais. Quanto mais refletia, tanto mais crescia sua falta de atenção dúvidas e incertezas. Não possuía, por isso, paz de alma e via Deus como um severo juiz pronto a castigar os pecadores.
     Lutero tornou-se Doutor em Teologia e passou a lecionar na Universidade de Wittenberg. Sendo um dos privilegiados a ter acesso a uma Bíblia, Lutero desenvolveu nova visão teológica lendo as palavras de Romanos 1.17: "O justo viverá por fé". Segundo sua interpretação, dizia que o perdão e a vida eterna não são conquistados por nós mediante boas obras Efésios 2.8 e 9, mas nos são dados gratuitamente por meio da fé em Jesus Cristo.
     Em 1517, na Alemanha, o professor e monge Martinho Lutero fixou à porta da Catedral de Wittenberg 95 teses criticando a atuação do Papa e do alto clero. Elas se propagaram rapidamente, mesmo com a intervenção da Igreja. Lutero foi apoiado por parte da população e pela nobreza que, desejosa de conquistar novas terras sob domínio de Roma (na região da atual Alemanha), o protegeram da perseguição do papa, poupando-o da fogueira, mas não da excomunhão.

Alguns exemplos dessas teses:
"Tese 27: Pregam a doutrina humana os que dizem que, tão logo seja ouvido o tilintar da moeda lançada na caixa, a alma sairá voando."
"Tese 32: Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de cartas de indulgência."
"Tese 86: Por que o papa, cuja fortuna é hoje maior que a dos mais ricos crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos a Basílica de São Pedro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?"
     Lutero, então, passou a participar de vários debates teológicos com autoridades civis e eclesiásticas que tentavam fazê-lo abrir mão de suas ideias e retratar-se de críticas à Igreja e ao Papa. Em 1520, Lutero foi excomungado pelo Papa e, no mesmo ano, queimou a Bula de Excomunhão em praça pública, rompendo assim com a Igreja Católica da época. Em 1530, surgiu a Confissão de Augsburgo que foi escrita por Lutero e Melanchthon, um fiel companheiro seu. Este documento trazia um resumo dos ensinos luteranos.
     Uma das principais preocupações de Lutero era que todas as pessoas pudessem ler o livro no qual os ensinamentos da Igreja Católica estariam escritos e assim poderem tirar suas próprias conclusões. Por isto Lutero traduziu a Bíblia para o alemão para que todos pudessem lê-la em sua própria língua. Alguns anos mais tarde, a bíblia foi traduzida para o inglêsfrancês e espanhol as pessoas passaram a ler a Bíblia e terem suas próprias conclusões. Aos poucos a Igreja Católica foi perdendo poder e influência. Depois de Lutero, a Igreja Católica nunca mais conseguiu exercer o forte domínio sobre a Europa como tinha antes da Reforma Protestante.

As Confissões Luteranas

     As Confissões Luteranas podem também ser consideradas como estandarte, em torno do qual os luteranos cerram fileiras em defesa de suas visões doutrinárias da Escritura sagrada contra o erro, ou podem ser consideradas como uma bandeira, à qual os mestres da igreja prestam juramento de fidelidade. Cada membro da Igreja Luterana deve subscrever não apenas a Bíblia, mas também as confissões como exposição correta das doutrina bíblicas. Para o leigo isto significa, ao menos, o Catecismo de Lutero; para o pastor e professor significam todas as confissões adotadas pela Igreja Luterana.
     Em suas constituições, os grupos luteranos – congregações, bem como sínodos – geralmente definem sua posição doutrinária mais ou menos nestas palavras: "Confessamos que os livros canônicos do Antigo e do Novo Testamento são a palavra de Deus inspirada e, portanto, a única regra de fé e vida, e que as confissões da Igreja Luterana são uma exposição correta das doutrinas desta palavra". Por que esta firme insistência, como resumido nas confissões luteranas? Porque para luteranos não pode haver nada mais importante do que as doutrinas expostas conforme sua interpretação da Bíblia.
    Em vista do precedente, segundo sua interpretação, o termo "igreja" jamais deveria ser empregado para definir um grupo religioso que não pertence ao Senhor como seu corpo (Ef. 1.22,23). Uma seita que, de acordo com sua visão, nega a divindade de Jesus, como a dos unitaristas não deveria ser chamada igreja.
     Escreve Lutero nos Artigos de Esmalcalde: "Graças a Deus, (hoje) uma criança de sete anos de idade sabe o que é a igreja, a saber, os santos crentes e cordeiros que escutam a voz do seu Pastor" (parte III, art. XII, cf. Livro de Concórdia, p. 338). Em seu Catecismo Maior, ele apresenta essa definição clássica: "Eu creio que há sobre a terra um pequeno grupo santo e congregação de santos puros sob uma cabeça, Cristo, chamados pelo Espírito Santo para uma fé, uma mente e uma compreensão, com dons multiformes, entretanto concordando em amor, sem seitas nem cismas. Também faço parte do mesmo, sendo participante e co-proprietário de todos os bens que possui, trazido a ele e incorporado nele pelo Espírito Santo pelo ouvir e pelo continuar a ouvir a palavra de Deus, que é o processo de iniciação nele. Pois, anteriormente, antes de termos alcançado isto, pertencíamos ao diabo, nada sabendo de Deus e de Cristo. Assim, até o último dia, o Espírito Santo permanece com a santa congregação, ou cristandade, por intermédio da qual ele nos traz a Cristo, e é ela que o Espírito Santo utiliza para nos ensinar a pregar a palavra; pela igreja ele age e promove a santificação, fazendo-a crescer diariamente e fortalecendo-a na fé e nos frutos que ele faz produzir". (O Credo. Art. III, cf. Livro de Concórdia, p. 454).

A Confissão de Ausburgo

     A Confissão de Ausburgo é o documento que Felipe Melanchton escreveu e que foi apresentado, como sendo o testemunho luterano, ao Imperador Carlos V e à Dieta do Santo Império Romano, a 25 de junho de 1530. Compõe-se de vinte e oito artigos. Destes, os primeiros vinte e um apresentam a doutrina luterana e sintetizam os ensinamentos deLutero. Eles tentam provar que os luteranos não estavam ensinando novas doutrinas, contrárias às Escrituras Sagradas, e que não constituíram uma nova seita religiosa. Os Artigos XXI a XXVIII pretendem tratar dos abusos medievais que os luteranos tinham corrigido.[1]
     Sua leitura angariou prosélitos importantes. O bispo Stadion de Ausburgo teria afirmado: "O que foi lido é a pura verdade, e nós não podemos negá-lo". Quando João Eck, um dos mais ativos adversários de Lutero, supostamente disse ao duque Guilherme da Baviera que ele era capaz de refutar a Confissão de Ausburgo com os pais eclesiáticos, mas não com as Sagradas Escrituras, Guilherme teria respondido: "Assim, pois, ouço que os luteranos estão com a Escritura e nós, que seguimos o pontífice, fora dela".
     As Confissões foram reunidas no Livro de Concórdia, em 1580, que é aceite hoje por muitas igrejas luteranas no mundo. Essas igrejas afirmam: " Aceitamos todos os livros canônicos das Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamentos, como palavra infalível de Deus e, como exposição correta da Escritura Sagrada, aceitamos os livros simbólicos reunidos no Livro de Concórdia." A Escritura ou Bíblia Sagrada é a única norma na igreja para doutrina e praxe.

Livro de Concórdia


 

     O Livro de Concórdia foi publicado em 1580 e contém documentos em que os cristãos dos séculos IV a XVI DC explicavam no que acreditavam e o que ensinavam, baseados nas Escrituras Sagradas.
     O livro foi escrito especificamente para estruturar e esclarecer a fé Cristã-Luterana, a primeira linha de pensamento teológica derivada do Protestantismo, movimento que propunha a Reforma da Igreja Católica, em 1517. É o histórico doutrinal padrão das Igrejas Luteranas espalhadas por todo o mundo.
       Ele inclui, primeiro, os três credos que se originaram na Igreja primitiva: o Credo Apostólico, o Credo Niceno e o Credo Atanasiano. Depois, ele contém os escritos da Reforma Luterana conhecidos como a Confissão de Augsburgo, a Apologia da Confissão de Augsburgo, os Artigos de Esmalcalde, o Tratado sobre o Poder e o Primado do Papa, o Catecismo Menor e o Catecismo Maior de Lutero e a Fórmula de Concórdia.
      Os Catecismos e os Artigos de Esmalcalde vieram da pena de Martinho Lutero; a Confissão de Augsburgo, sua Apologia e o Tratado foram escritos pelo colaborador de LuteroFelipe Melanchthon; a Fórmula de Concórdia teve sua forma final organizada por Jacob AndreaeMartin Chemnitz, e Nikolaus Selnecker.
Conteúdo:
NomeDataAutorResumo
Credo ApostólicoSéculo II DCDesconhecidoCredo Batismal, usado em Roma
Credo Niceno325, 381 DCLíderes da Igreja reunidos noConcílio de Nicéia (325) e noConcílio de Constantinopla (381).Este Credo pretende mostrar claramente, com base nasEscrituras Sagradas que Jesus Cristo é verdadeiro Deus, igual ao Pai e que o Espírito Santo também é verdadeiro Deus, igual ao Pai e ao Filho.
Credo AtanasianoSéculos VI a VIII DCDesconhecido. Recebeu o nome em homenagem ao grande pai da Igreja, Atanásio, que foi instrumento na redação do Credo Niceno.Confessa os ensinamentos da Trindade e a pessoa e otrabalho de Jesus Cristo.
Catecismo Menor1529Martinho LuteroUma pequena obra para educar os leigos nos fundamentos da Fé Cristã.
Catecismo Maior1529Martinho LuteroCobrindo os mesmos pontos principais da doutrina Cristã que o Catecismo Menor, o Catecismo Maior é uma compilação de sermões de Lutero.
Confissão de Augsburgo25 de Junho de1530Felipe MelanchtonGeralmente vista como a principal Confissão Luterana; ela foi apresentada pelos Luteranos ao Imperador Carlos V na dieta imperial de Augsburgo, em 1530, como uma declaração dos principais artigos da fé Cristã conforme entendida pelos Luteranos; também contém uma lista de abusos que os Luteranos corrigiram.
Apologia da Confissão de Augsburgo1531Felipe MelanchtonDepois que os teólogos Romanos condenaram muitos dos ensinamentos da Confissão de AugsburgoMelanchtonescreveu esta longa defesa. É merecidamente considerada um clássico Cristão.
Artigos de Esmalcalde1536Martinho LuteroArtigos de fé que Lutero pretendia se tornassem uma plataforma ecumênica para um futuro concílio ecumênico. Estabelecia o que os Luteranos não podiam abrir mão - e porquê.
Tratado sobre o Poder e o Primado do Papa1537Felipe MelanchtonProposto para servir como um suplemento à Confissão de Augsburgo, dando a posição Luterana a respeito do Papa.
Fórmula de Concórdia1577Jacob AndreaeMartin Chemnitz,David ChytraeusUma confirmação de alguns ensinamentos da Confissão de Augsburgo a respeito dos quais os Luteranos haviam se divido. A "Declaração Sólida" é a versão original. A "Epítome" é a versão resumida destinada ao uso no estudo das congregações. Mais de 8.100 pastores e teólogos a assinaram, bem como mais de 50 chefes de governos.

Os Credos Ecumênicos



     O Catecismo Menor de Lutero foi escrito por Martinho Lutero (ou Martim Lutero, para alguns) e publicado em 1529 para a educação cristã de crianças.
     O Catecismo Menor de Lutero cobre os seguintes assuntos:



     O Catecismo Menor está incluído no Livro de Concórdia como uma verdadeira expressão do que os Luteranos acreditam.
Existe uma tradução para o português disponível na página de downloads da IECLB - a IECLB é a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. A tradução aceita pela IELB (Igreja Evangélica Luterana do Brasil) é um pouco diferente.
     Em reposta à acusação de que a Igreja Luterana se desviou da antiga fé da Igreja Cristã e era, por isso, uma nova seita, os pais luteranos oficialmente declararam sua concordância total com os credos ecumênicos. No prefácio da Fórmula de Concórdia declararam: "E porque imediatamente depois do tempo dos apóstolos e mesmo enquanto eles ainda viviam, falsos mestres e hereges se levantaram, símbolos, isto é, confissões breves e concisas, foram compostos contra eles na igreja primitiva, que foram considerados como a unânime, universal fé cristã e a confissão da Igreja Ortodoxa e verdadeira, a saber, o Credo Apostólico, o Credo Niceno, e o Credo Atanasiano; juramos fidelidade a eles, e deste modo rejeitamos todas as heresias e doutrinas, que, contrárias a eles, têm sido introduzidas na igreja de Deus".
     A primeira confissão da fé cristã foi o Credo Apostólico. Divergências posteriores levaram à formulação do Credo Niceno (325) e do Credo Atanasiano (451). Essas três confissões são conhecidas como Credos Ecumênicos ou Universais.
     Contudo, com o passar dos tempos, segundo a visão Luterana, a igreja foi se desviando da verdade bíblica. Vozes que clamavam contra o erro foram silenciadas. Martinho Lutero, monge agostiniano, doutor em Teologia e professor da Bíblia na Universidade de WittembergAlemanha, postulou que a igreja estava desviada da verdade bíblica. A Igreja Luterana vê em Lutero um instrumento de Deus para reconduzir a igreja às verdades bíblicas e considera ainda que Deus preparou outros homens fiéis que participaram da causa da Reforma.
Os seguintes documentos formam as Confissões Luteranas:
  • Catecismo Menor (1529), um resumo de interpretações bíblicas, escritas para o povo[2].
  • O Catecismo Maior (1529), as mesmas interpretações detalhadamente explicadas para adultos.
  • A Confissão de Augsburgo (1530), a principal confissão luterana.
  • A Apologia (1531), uma defesa da Confissão de Augsburgo.
  • Os Artigos de Esmalcalde (1537) reafirmam os ensinos da Confissão de Augsburgo e expõem, com mais profundidade, a doutrina da Santa Ceia, segundo a visão Luterana.
  • A Fórmula de Concórdia (1577), que define o pecado original, a impossibilidade de o homem salvar-se por suas próprias forças e a pessoa e obra de Cristo.

Luteranismo Mundial

A distribuição dos Luteranos hoje se encontra da seguinte forma:
Europa: 49 milhões;
África: 21 milhões;
América: 10 milhões;
Ásia: 10 milhões.
Os países com o maior número de Luteranos hoje são:
Igreja da IECLB em Carambeí.
1º) Alemanha: 23,0 milhões;
2º) Estados Unidos: 8,4 milhões;
3º) Suécia: 7 milhões;
4º) Indonésia: 5,7 milhões;
5º) Etiópia: 5,6 milhões;
6º) Finlândia: 4,6 milhões;
7º) Dinamarca: 4,5 milhões;
8º) Noruega: 4 milhões;
9º) Tanzânia: 3,5 milhões;
10º) Madagascar: 3,5 milhões;
Hoje mundo afora existe cerca de 250 ramos Luteranos, desta igrejas mais de 160 estão filiadas a (LWF) Federação Luterana Mundial e mais 50 fazem parte do (ILC) Concílio Luterano Internacional. As demais Igrejas Luteranas estão na sua maioria filiadas à Conferência Luterana Confessional e várias outras se intitulam Comunidades Luteranas Independentes.
Segundo dados levantados no período de 2005 / 2010 o número de Luteranos ultrapassa a marca dos 90.000.000. Mesmo com uma queda considerável na Europa o percentual de luteranos continua crescendo, no período de 2001 / 2006 houve um crescimento de quase 8.000.000 adeptos.

O Luteranismo Brasileiro

     No ano de 1532 chegou ao Brasil o primeiro Luterano, Heliodoro Heoboano, filho de um amigo de Lutero, que aportou em São Vicente.
     A primeira comunidade Luterana foi a de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro organizada em 1824 por Friedrich Osvald Sauerbronn o primeiro pastor luterano no Brasil. O Luteranismo se estabeleceu e expandiu em solo brasileiro através da Imigração alemã no Brasil. No Rio Grande do Sul o primeiro pastor luterano Georg Ehlers chegou com a terceira leva de imigrantes à São Leopoldo em 1824.
     Dessas comunidades luteranas iniciais surgiram vários sínodos que foram se aglutinando e hoje formam especialmente duas igrejas: Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e, posteriormente, a Igreja Evangélica Congregacional do Brasil (IECB) e o Cristianismo Decidido. Existem outras igrejas menores como a Igreja Luterana Livre, a Igreja Evangélica Luterana Independente que é proveniente das comunidades livres, a Espaço Esperança - Igreja da Renovação  Luterana do Brasil e a Igreja Luterana da Renovação.
     No século XIX, após a ordem de unificação dos luteranos com os reformados sob o comando do estado, na Prússia, o maior estado da Alemanha desta época, muitos dos que não concordaram com esta decisão, defendendo a distinção entre Igreja e Estado, emigraram para a América do Norte, fundando, em 1849, o Sínodo de Missouri, Ohio e outros estados, que hoje é a LC-MS (Lutheran Church - Missouri Synod). Assim,enquanto a maioria dos luteranos que chegaram ao Brasil em 1824 eram provenientes da linha estatal alemã, que gerou os diversos sínodos que deram origem à IECLB, a IELB é fruto de missão da igreja norte-americana a partir de 1900, que veio atendendo pedidos de luteranos no Brasil que desejavam atendimento daquele Sínodo Luterano[3]. Como haviam poucos pastores para tantas comunidades, algumas inicialmente atendidadas pela IECLB passaram a fazer parte da IELB, a exemplo da Igreja Luterana do Bom Jardim, em Ivaí, PR. Ocorreu, também, a carência de pastores para atender a demanda dos imigrantes alemães ante a ausência de uma Escola Superior de Teologia, que formasse pastores no Brasil. Assim, comunidades luteranas foram atendidas pela Igreja Congregacional Argentina, formando, posteriormente, a Igreja Congregacional do Brasil, a IECB no Rio Grande do Sul, considerada luterana na sua essência. Vale destacar, ainda, o Cristianismo Decidido, que é um movimento jovem surgido na igreja luterana no Paraná, inspirado pelo mesmo movimento na Alemanha.
Em 1 de julho de 1900, foi fundada uma congregação luterana no município de São Pedro, RS. Esta congregação enviou o chamado para um pastor do Sínodo de Missouri. Este pastor, Rev. W. Mahler, veio em 1901.
Templo da IELB em Schroeder, Santa Catarina.
O número total de luteranos no Brasil, atualmente, é de aproximadamente 1 milhão[4].

Distribuição de luteranos no Brasil


Presidente da Igreja de Baixo Guandu: Wanderley Neitzel

Referências

  1.  Portal Luteranos - História e Prefácio.
  2.  Portal Luteranos - Catecismo Menor.
  3.  Portal Luteranos - IECLB.
  4.  JACOB, C.R.; HEES, D.R.; WANIEZ, P.; BRUSTLEIN, V.. Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores Sociais no Brasil. São Paulo: PUC-Rio - Edições Loyola, 2003. ISBN 85-15-02719-4



Bibliografia


  • Bente, Friedrich. Historical Introductions to the Symbolical Books of the Evangelical Lutheran Church (1921). New reprint edition. St. Louis: Concordia Publishing House, 1995. ISBN 0-570-03262-8.
  • Fagerberg, Holsten. A New Look at the Lutheran Confessions (1529–1537). Translated by Gene Lund. Paperback Edition. St. Louis: Concordia Publishing House, 1988. ISBN 0-570-04499-5.
  • Forell, George W. The Augsburg Confession: A Contemporary Commentary. Minneapolis: Augsburg Publishing House, 1968. LOC 68-25798.
  • Formula of Concord, The: Quadricentennial EssaysThe Sixteenth Century Journal 8 (1977) no. 4. ISSN 0361-0160.
  • Grane, Lief. The Augsburg Confession: A Commentary. Translated by John H. Rasmussen. Minneapolis, Augsburg Publishing House, 1986. ISBN 0-8066-2252-0.
  • Kolb, Robert and Charles P. Arand. The Genius of Luther's Theology: A Wittenberg Way of Thinking for the Contemporary Church. Grand Rapids, Michigan: Baker Academic, 2008. ISBN 978-0-8010-3180-9.
  • Kolb, Robert and James A. Nestingen, eds. Sources and Contexts of The Book of Concord. Minneapolis: Fortress Press, 2001. ISBN 0-8006-3290-7.
  • Preus, Jacob A.O. The Second Martin: The Life and Theology of Martin Chemnitz. St. Louis: Concordia Publishing House, 2004.
  • Preus, Robert D. and Wilbert H. Rosin, eds. A Contemporary Look at the Formula of Concord. St. Louis: Concordia Publishing House, 1978. ISBN 0-570-03271-7.
  • Preus, Robert D. Getting Into the Theology of Concord. Reprint. St. Louis: Concordia Publishing House, 2004.
  • Preus, Robert D. Theology of Post-Reformation Lutheranism: Volume I. St. Louis: Concordia Publishing House, 1972. ISBN 0-570-04545-2.
  • Reu, Johann Michael. The Augsburg Confession. Reprint. St. Louis: Concordia Publishing House, 1995.
  • Schlink, Edmund. Theology of the Lutheran Confessions. Translated by P. Koehneke and H. Bouman. Philadelphia: Fortress Press, 1961. Reprint, St. Louis: Concordia Publishing House, 2004.
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  • Wengert, Timothy J. A Formula for Parish Practice: Using the Formula of Concord in Congregations. Grand Rapids: Eerdmans Publishing, 2006. ISBN 0-8028-3026-9.
  • Ziegler, Roland F., "The New Translation of the Book of Concord: Closing the barn door after...," Concordia Theological Quarterly 66 (April 2002) 2:145-165 (Available online:[1].

2 comentarios:

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