A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a influência árabe e das tribos que viviam na região. Apesar de ter sua origem altamente conectada a outra língua (o galego), o português é uma língua própria e independente. Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis e únicos, ela ainda tem sua identidade única, apesar de não ter a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão difundida como agora é o inglês. No oeste da Península Ibérica, na Europa Ocidental, encontram-se Portugal e Espanha. Ambos eram domínio do Império Romano a mais de 2000 anos, e estes conquistadores falavam latim, uma língua que eles impuseram aos conquistados. Mas não o latim culto usado pelas pessoas cultas de Roma e escrito pelos poetas e magistrados, mas o popular latim vulgar, falado pela população em geral. Isto aconteceu porque a população local entrou em contato com soldados e outras pessoas incultas, não magistrados. Logicamente não podemos simplesmente desprezar totalmente a influência lingüística dos conquistados. Estes dialetos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua. Também devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitas línguas nestes romanços até a Reconquista. Este processo formou vários dialetos, denominados cada um deles genericamente de romanço (do latim romanice, "falar à maneira dos romanos"). Quando o Império Romano caiu no século V este processo se intensificou e vários dialetos foram se formando. No caso específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado na faixa ocidental da península). E foi este último que gerou o português e o galego (mais tarde uma língua falada apenas na região de Galiza, na Espanha). O galego-português existiu apenas durante os séculos XII, XIII e XIV, na época da Reconquista. Após isso foi nascendo cada vez mais diferença entre o galego e o português. Este último era falado no sul da faixa ocidental da província, na região de Lisboa. Esta língua consolidou-se com o tempo e a expansão do Império Português. Do século XII ao século XVI falava-se uma forma arcaica de português, ainda com a influência do galego (o português arcaico propriamente apenas desde o século XIV). Foi com essa linguagem que escreveram os trovadores naquela época, enriquecendo a paupérrima (5.000 vocábulos no século XII) língua portuguesa. Esta fase da Língua Portuguesa acaba coma nomeação de Fernão Lopes como cronista mor da Torre do Tombo em 1434. Mas apenas a partir do século XVI, com a intensa produção literária renascentista de Portugal, especialmente a de Camões, o português uniformiza-se e adquiri as características atuais da língua. Em 1536 Fernão de Oliveira publicou a primeira Gramática da Linguagem Portuguesa, consolidando-a definitivamente.
ORIGEM DA LÍNGUA LATINA
Latim: Origem das línguas românticas, língua culta durante praticamente toda a idade média européia, e cientifica e filosófica até o século XVII, o latim constitui um dos marcos fundamentais de identidade da cultura ocidental.
Na origem, o latim era a língua das tribos do Lácio, região central da Península italiana, mas com a extensão de Roma estendeu-se por vastas regiões em que, ao desaparecer o Império Romano, evoluiu e deu lugar as línguas românticas.
Origem - O Latim, junto com o osco e o umbro, entre outras línguas, pertencia ao ramo itálico das línguas indo - européias. Em relação a estas parece ter maior parentesco com o germânico e, em particular, o céltico, o que levou alguns lingüistas a distinguirem um ramo galo - itálico centro da família indo - européia.
Traço característico da história do latim é sua estreita ligação com Roma. À diferença do que ocorreu na Grécia, os dialetos regionais foram sempre desprezados, e logo no latim se distinguiu a língua da cidade, o sermo urbanus, da fala própria das zonas rurais do Lácio. Numa época arcaica a língua adotou numerosos empréstimos do etrusco, mas o grego foi ainda mais influente. Os romanos adotaram uma das variantes do alfabeto grego, possivelmente por intermédio dos estrucos. A influência da língua grega manifestou-se em todas as fases e em todos os níveis, tanto na gramática como no léxico e tanto na língua popular como na literária.
LATIM VULGAR E LATIM CLÁSSICO
O latim nos foi legado através de documentos escritos e representativos de oito ou nove séculos de literatura, e existem ainda inscrições históricas.
Teríamos então uma bifurcação do latim:
· O latim clássico - falado pelas classes cultas preocupadas com o seu aperfeiçoamento e desenvolvimento.
· O latim vulgar - falar incerto e rústico do povo.
A diferenciação entre eles está no seu aspecto formal o latim clássico se apresenta como uma língua artificial, rígida e morta, e o vulgar como dinâmica, com arcadísmo e neologismos e de “empréstimos” através de seus contatos com outras civilizações.
A língua latina propriamente dita, de sua origem até o seu desaparecimento pode ser considerada “língua viva”, durante oito ou nove séculos. A evolução apresenta cinco períodos:
a) Período Arcaico - de sua origem até 250 A C. Destacou-se fragmentos da lei das XII Tábuas.
b) Período de Desenvolvimento - de 250 A C ao primeiro século A C. Esteve sob influência da literatura grega. Obras de Catão, Terêncio (o cartaginês), Ennio, Planto e Lucílio.
c) Período Clássico - do século I A C até I D C. É o chamado “período de ouro”, representado pelos prosadores: Cícero, César, Tito Lívio, Terêncio, Cornélio e também poetas: Horácio, Ovídio, Virgílio, Fedro, Catúlio.
d) Período de Transição - segunda metade do século I D C até o reinado dos antoninos. (138 D C). Poetas: Marcial, Lucano, Pérsio, Juvenal, Valério Flaco e pensadores como: Plínio, o velho Plínio, Plínio, o moço, os dois Sênecas ( o filósofo orador), Tácito, Justino, Quintiliano.
e) Período da Decadência - iniciado no reinado dos Antoninos (138 D C) prolongada até a época da queda do Império Romano (476). Escritores: Santo Agostinho, São Jerônimo, Paulo Osório e Símaco. Inicia-se a dialetação do latim, que pode ser confirmado com a obra do cartaginês Santo Agostinho.
Não se pode afirmar que a língua latina estabilizou pela decadência, mas continuou sem processo evolutivo.
Além do latim clássico e do vulgar, podemos citar:
· Baixo Latim - língua literária do período da decadência utilizada pelos escritores cristãos, empregando inúmeros barbarismos. Nunca foi uma língua viva.
· Latim Bárbaro - empregado pelos tabeliões da Idade Média, anunciando a formação das línguas românticas.
No hay comentarios:
Publicar un comentario