jueves, 30 de junio de 2011

Chamada para submissão de artigos - Revista DLCV


A revista DLCV ((Qualis B3) ISSN 1679-6101) está aberta para a submissão de novos artigos em dois números temáticos (vol. 8 nº 2 e vol. e 9 nº 1) nas áreas de literatura e ensino e aquisição da linguagem, respectivamente.


Chamada para submissão de artigos vol 8, nº 2:

Número Temático "Literatura e Ensino"
Prazo para submissão dos artigos: 30/09/2011
Previsão de lançamento:dezembro de 2011

Chamada para submissão de artigos vol 9, nº 1:

Número Temático "Aquisição de Linguagem: perspectivas sociocognitivas"
Prazo para submissão dos artigos: 31/ 01/2012
Previsão de lançamento: junho de 2012.

Mais informações: http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/dclv/index

Corpus Christi

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa Cristã. É um evento baseado em tradições católicas. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).


História



Procissão de Corpus Christi, Moosburgo, Alemanha, 2005.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.

A festa de Corpus Christi foi decretada em 1269.

O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Neste Sacramento, no momento da Consagração, ocorre a transubstanciação, ou seja, o pão se torna carne e o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.

Corpus Christi é celebrado 60 dias após a páscoa. Podendo cair entre 21 de maio e 24 de junho

A Festa no Brasil



Procissão de Corpus Christi, pausa para o Tantum Ergo em Latim. Pirenópolis, Goiás.

Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas, que se revestem de práticas antigas e tradicionais e que são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.

Em Pirenópolis, Goiás, é uma tradição os tapetes de serragem colorida e flores do cerrado, cobrindo as ruas por onde passa-se a procissão de Corpus Christi, também enfeita-se cinco altares para a adoração do Santíssimo Sacramento, e execução do cântico latino Tamtum Ergo Sacramentum, esta procissão é acompanhada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e pela Orquestra e Coral Nossa Senhora do Rosário. É neste dia que o Imperador do Divino recebe a coroa para a realização da Festa do Divino de Pirenópolis, do ano seguinte.

Em Castelo, no estado do Espírito Santo, as ruas são decoradas com enormes tapetes coloridos formados por flores, serragem colorida e grãos.

O município de Matão, São Paulo, é famoso por seus tapetes coloridos feitos de vidro moído,dolomitas,serragem e flores que formam uma cruz que se estendem por 12 quarteirões no centro da cidade onde passa a procissão da eucaristia,um espetáculo que reúne fé, tradição, arte e muita beleza. No ano de 2011 Matão realiza a 63ª edição do Corpus Christi,onde mais de 70 toneladas de materiais serão usados para compor os desenhos.A expectativa dos organizadores é que o evento atraia um público total de 80 mil pessoas. A praça de alimentação do evento fica por conta das entidades filantrópicas da cidade.

A cidade de Mariana, Minas Gerais, comemora a festa de Corpus Christ'i' enfeitando as ruas com tapetes de serragem e pinturas.

As cidades paulistas de Jaguariúna, Santo André, Santana de Parnaíba, São Joaquim da Barra, além da baiana Jacobina, também seguem o mesmo estilo, as ruas ao redor da matriz são enfeitadas com serragem, raspa de couro, areias coloridas - tudo o que a criatividade proporciona para este dia santo.

Em Caieiras, a juventude da cidade promove com sua criatividade tapetes que se estendem no trajeto da procissão deste solene dia, desde a Igreja Matriz de Santo Antonio até a igreja de São Francisco de Assis, um trabalho que dura doze horas e é coroado com a procissão luminosa em torno ao Santíssimo Sacramento.

Em Porto Ferreira, a festa tem como finalidade a partilha, em comunhão com as três paróquias da cidade. Arrecadam-se alimentos que integram os enfeites nas ruas por onde o Santíssimo Sacramento passa e, após a solenidade, são doados a famílias que são assistidas por pastorais, como a Pastoral da Criança e Pastoral da Saúde. Esta iniciativa é realizada desde 2008.

Em Borborema (SP), as ruas são decoradas com enxovais, bordados e artesanatos, produzidos pelas mais de 50 lojas e fábricas da cidade. Após a procissão, tudo é vendido e a renda revertida ao Lar de Idosos São Sebastião.

Em Portugal

Em todas as 20 dioceses de Portugal fazem-se solenes procissões a partir da igreja catedral, tal como em muitas outras localidades, que são muito participadas. Estas procissões atingem o seu esplendor máximo em Braga, Porto e Lisboa.

Ordenada por D. Dinis, a festa do Corpus Christi começou a ser celebrada em 1282, embora haja referências à sua comemoração desde os tempos de Dom Afonso III.[1] Em Portugal a festa de longa tradição era antigamente celebrada com danças, folias, e procissões em que sagrado e o profano se misturavam. Representantes de várias profissões, carros alegóricos, diabos, a serpe,a coca, gigantones, ao som de gaitas de foles e outros instrumentos desfilavam pelas ruas.[2] Das danças dos ofícios, em Penafiel ainda se celebra o baile dos ferreiros, o baile dos pedreiros e o baile das floreiras.[3][4]

Esta celebração tem uma conotação muito forte no Minho, particularmente em Monção e em Ponte do Lima.

Em Ponte de Lima, a tradição d´O Corpo de Deus perdura já há vários séculos.

O Corpo de Deus é celebrado no 60º dia após a Páscoa, ou mais correctamente na Quinta-feira que se segue ao Domingo da Santíssima Trindade (que por sua vez é o primeiro Domingo a seguir ao Pentecostes) seguindo a norma canónica. A diferença prende-se no facto de no dia posterior ao feriado nacional, se realizar uma celebração, própria e exclusiva da vila, tendo sido decretado desde 1977 feriado para todos os Limianos.

As celebrações do Corpo de Deus realizam-se durante todo o dia, sendo os Limianos presenteados com uma procissão da parte da manhã e outra da parte da tarde em volta da vila e uma missa para todos os habitantes do Concelho no próprio dia, sempre ao meio dia (12h00), na Igreja Matriz.

Em Braga, é também tradição desde 1923 a presença maciça de Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português, pois foi nessa procissão que os mesmos se apresentaram em público naquele ano.









Santa Juliana de Cornillon
Comemoração litúrgica 05 de abril.
Também nesta data: S. Vicente Ferrer, S. Zeno e Santa Catarina Tomás



     Santa Juliana nasceu no ano de 1193, numa aldeia denominada Retinne, situada próxima à cidade de Liége, na Bélgica. Conviveu pouco tempo com os pais, pois ficou órfã com apenas cinco anos de idade. Em decorrência disso, Juliana e sua irmã Agnes, foram confiadas aos cuidados das irmãs agostinianas em Monte Cornillon, onde receberam esmerada educação e viveram piedosamente. Quando completou 14 anos de Idade, ingressou definitivamente na comunidade das irmãs agostinianas.

      Desde a mais tenra infância, sempre nutriu muito amor, possuindo em grau elevadíssimo, admirável devoção ao Sacramento da Eucaristia. Deus a preparava e lhe infundia grandes conhecimentos, além do que se tornaria ela um instrumento em Suas mãos para a missão de difundir o valor da Sagrada Eucaristia.

     Um dia, no ano de 1208, Juliana quando em oração, teve a visão de um astro, semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão preta. Temendo estar sendo vítima de uma ilusão maligna, suplicou ardorosamente ao Divino Mestre que lhe esclarecesse tais visões, as quais passaram a se repetir, consecutivamente, todos os dias. Somente após dois anos foi que Nosso Senhor revelou-lhe o significado: “A lua representa a Igreja e suas festas, e a incisura significa a falta da solenidade, cuja instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e para o bem espiritual dos Meus eleitos. Quero que uma festa especial seja estabelecida em honra ao Sacramento do Meu Corpo e do Meu Sangue.”

     Persuadida a realizar a vontade de Deus, porém, no momento em que julgou apropriado, Juliana indicou às autoridades religiosas a missão que havia recebido. Comunicou as aparições a Dom Roberto de Thorote, o então bispo de Liége e ao douto Dominico Hugh; também comunicou o fato ao bispo dominicano Jacques de Pantaleón que viria, mais tarde, a ser eleito Papa (Urbano IV).

     Em 1246, Dom Roberto concedeu aprovação junto ao seu escritório e em 1246, convocou um sínodo, onde requisitou que todos seus padres, religiosos e leigos. Disse a festa do Santíssimo Sacramento seria comemorada na quinta-feira seguinte à festa da Santíssima Trindade. Mas, em 16 de outubro daquele mesmo ano, o bispo veio a falecer e não pode ver cumpridas suas ordens.

      Muitos religiosos, porém, que há tempos haviam se unido em forte oposição à instituição da festa, ficaram aliviados com a morte do bispo Roberto; afirmavam eles que a narrativa de Juliana era fruto da sua imaginação; mediante diversas articulações e mentiras, instigaram a população local e perseguiram implacavelmente a religiosa, que foi mandada para um lugar chamado Namur, por ordem de seu Superior Geral Roger, que também alimentava muitas desconfianças sobre as declarações de Juliana. Mais tarde o Superior perdeu sua posição e Juliana teve autorização para retornar ao mosteiro de Cornillon. No ano seguinte, porém, Roger foi novamente designado a dirigir o mosteiro, tendo Santa Juliana sido enviada novamente para Namur.

      Apesar destas articulações, o Cardeal Cher, que era dominicano, decidiu instituir alguns anos depois em toda a diocese, a nova festa dedicada ao Corpo de Deus. A primeira delas foi celebrada na igreja de São Martinho, em Liége. O próprio cardeal foi quem conduziu a celebração, num grande cerimonial, cujos ritos canônicos acabaram sendo adotados posteriormente por modelo, em toda a Igreja universal.

      Santa Juliana estava repleta de alegria, ao ver sua visão feita real. Estava ansiosa para ver a festa em honra ao Santíssimo Sacramento ser estendida à toda a Igreja, mas não viveu o suficiente para isso. Passou os últimos anos numa vida solitária e morreu em Fosses, no dia 05 de abril de 1258.

      No ano de 1261, o referido bispo Jacques de Pantaleón veio a assumir o governo da Igreja, sob o nome de Urbano IV. Foi ele que, como mencionado, havia pessoalmente recebido o relato das visões de Santa Juliana, quando era bispo. Sucede que, no segundo ano de seu pontificado, junto à localidade de Bolsena, ao Norte de Roma, ocorreu um grande milagre eucarístico: Um sacerdote que celebrava a Santa Missa, duvidou da presença real de Cristo na Eucaristia e no momento de partir o Pão, viu dele sair sangue, que em seguida foi empapando o corporal. A veneranda relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 1264. Hoje se conservam os corporais, o cálice e a patena, bem como a pedra do altar em Bolsena, manchada com o Sangue de Cristo. O Santo Padre, então, determinou que a festa do Corpo de Cristo fosse estendida a toda a Igreja Universal, através da bula “Transiturus”, de 08 de setembro de 1264, fixando-a para depois da oitava de Pentecostes. Foi nesta época que o Papa Urbano IV encarregou um ofício, designando São Boaventura e São Tomás de Aquino para elaborarem o hino oficial dedicado ao Santíssimo Sacramento (Tantum Ergo Sacramentum). Os hinos seriam por eles apresentados, para que fosse feita a escolha definitiva. No dia indicado, na presença do Pontífice, quando se começou a entoar a música com a letra de São Tomás de Aquino, São Boaventura maravilhado, tomou nas mãos seus apontamentos e os foi rasgando em pedaços.



Reflexões



      Santa Juliana enfrentou diversos obstáculos para ver instituída a Solenidade de Corpus Christi. Foi colocada às mais duras provas, não só pela perseguição perpetrada pelos membros da comunidade leiga, mas também do clero e da sua própria organização religiosa. Deus permitiu que tal testemunho chegasse aos ouvidos do então bispo diocesano, que viria a se tornar o Papa Urbano IV. No curso deste pontificado, Deus fez impulsionar de forma extraordinária a devoção ao Corpo de Cristo, através do milagre eucarístico de Bolsena. O Papa Urbano IV, então, obteve a definitiva confirmação da versão de Santa Juliana, que narrou o pedido de Jesus pela instituição da solenidade. Estendeu, assim, por decreto, a comemoração da festa à toda a Igreja.

      Durante o curso da história, Deus concedeu uma infinidade de graças e milagres extraordinários a fim de reavivar a fé nos homens. O milagre, para o católico, representa um meio e não um fim absoluto para que possa crer na Palavra de Deus. A origem da fé não está nos milagres, pois para os corações endurecidos, nos diz Jesus, ainda que ressuscitasse um morto, não acreditariam. Mas para quem crê, os milagres são manifestações gloriosas, que renovam as forças daqueles que buscam a verdade, a perfeição cristã. Peçamos ao Senhor, sobretudo, que nos conceda um coração de carne, e que nos aperfeiçoe cada vez mais no caminho da fé.



"Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé"





Milagre Eucarístico de Lanciano

     A leste de Roma, bem próximo ao mar Adriático, encontra-se a cidade de Lanciano, pequena cidade italiana. Ali nasceu Longino, o centurião que deu o golpe de lança no lado de Cristo crucificado e que, posteriormente, se converteu ao cristianismo.

     No Século VIII, havia naquela localidade, num mosteiro, um monge basilicano que passou a duvidar da presença real de Cristo na Eucaristia, ou seja, duvidou que houvesse transubstanciação das frações do pão e do vinho ao Corpo e Sangue de Cristo, no ato da consagração. Durante uma celebração da Missa, foi surpreendido por gotas de sangue caindo sobre o altar, enquanto em suas mãos a Hóstia elevada transformou-se em carne viva, um círculo de carne em torno do pão. O vinho do cálice, transformou-se em sangue visível. A carne permaneceu intacta, enquanto o sangue do cálice dividiu-se em cinco coágulos distintos.

     Era uma manhã do ano 700. Diante do milagre, os fiéis permaneceram estáticos por uns segundos, tendo o sacerdote em seguida começado a chorar incontrolavelmente, cheio de alegria e agradecimento. "Venham irmãos", disse ele, "maravilhem-se diante de nosso Deus e contemplem a Carne e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo!". As pessoas se apressaram para ir ao altar para presenciar o milagre e passaram a clamar por perdão e misericórdia. Muitos batiam no peito e confessavam publicamente seus pecados, declarando-se indignos em presenciar tão grande milagre. O fato espalhou-se rapidamente entre a população local e povos circunvizinhos.

      Posteriormente, os próprios monges testemunharam mais um sinal extraordinário daquele milagre. Ao pesarem os fragmentos de sangue coagulado (todos de tamanhos diferentes), observou-se que, pesadas uma a uma separadamente ou todas juntas, totalizavam sempre o mesmo peso.

O fato foi uma comprovação sobrenatural da presença real de Jesus na Eucaristia e, desde então, peregrinos do mundo inteiro passaram a visitar o local para venerar a Hóstia, que permaneceu alojada no mosteiro, sob a guarda dos monges e seus sucessores durante mais de 1200 anos, sem qualquer substância conservadora. Tais amostras foram, em 1970 submetidas à intensas avaliações científicas, sob rigorosas condições.

Sob orientação do Professor Odoardo Linoli, chefe da Unidade de Anatomia e Histologia Patológica e Citogenética do Hospital de Arezzo, durante quatro meses foram feitos criteriosos exames biológicos, microquímicos, cromatográficos, imunológicos e eletroforéticos da carne e do sangue, seguindo criteriosa metodologia científica e com todas as etapas rigorosamente documentadas. Os resultados foram surpreendentes:



1º) O sangue é de espécie humana, do grupo AB.

2º) A carne é de músculo cardíaco humano, sem qualquer ação de produtos químicos preservantes, evidenciando ter sido colhida viva e agora se apresentando mumificada pela ação do tempo, sem contudo decompor-se. Nela são evidenciados o miocárdio, o endocárdio, vasos e nervos cardíacos. O grupo sanguíneo da carne é o mesmo das gotas de sangue.

3º) Macroscopicamente, é uma fatia vertical de um coração humano, com as cavidades direita e esquerda bem individualizadas. Suas características fazem supor uma dissecação anatômica perfeita, atividade somente iniciada no ano 1300. Portanto, impossível de ter sido feita no século VIII, época reconhecida e documentada do surgimento dessa peça. A carne era realmente carne.

4º) Evidenciaram-se estruturas vasculares de tipo arterioso e venoso normais, que não apresentam alterações estruturais, que pertencem a um indivíduo são e jovem.

5º) Quanto às análises direcionadas a precisar revelação de substâncias mumificantes, concluiu-se que a antiga carne de lanciano pertence a um coração. Um coração sadio.

6º) Da análise eletroforética das proteínas dos fragmentos de sangue, constatou-se que a composição percentual das proteínas no líquido, correspondem exatamente às proteínas do sangue humano normal.

Constatou-se ainda que a Hóstia Eucarística que permaneceu no centro da carne desapareceu e que o recipiente, não estava hermeticamente lacrado. Quanto aos coágulos de sangue, relativos ao milagre do peso dos fragmentos (constatados na época pelos monges), nenhuma diferença de peso incomum foi notada.(Para a capacidade científica de cada época, revelou Deus diferentes milagres em tempos distintos).

“Um fragmento de miocárdio e de coágulos hemáticos, deixados em estado natural durante séculos, além de expostos à ação dos agentes físicos atmosféricos, ambientais e parasitosos, chegaram até nós depois de mais de um milênio, para ser submetido as atuais investigações científicas, inexplicavelmente inalterados.” (Comentário final da monografia de Linolli)

      O professor Linoli, autor da sua monografia de 1970 e revisada em 1991, descreve minuciosamente todos os detalhes científicos da pesquisa.



(Veja a monografia e os estudos no site http://www.corazones.org/sacramentos/eucaristia/milagro_lanciano_ciencia.htm - em espanhol).

























Solenidade de Corpus Christi

Comemoração litúrgica - Quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade



     A Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

      A solenidade do Corpo de Deus remonta o século XII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, através da bula “Transiturus”, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal.

      A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido ao ano de 1247, na Diocese de Liége – Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade as festas e, a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.

      O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa (Urbano IV), ou seja, ele próprio viria a estender a solenidade a toda a Igreja Universal. O fator, que deflagrou a decisão do Papa, e que viria como que a confirmar a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga, colocando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia durante a celebração da santa Missa, viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século VIII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvietro a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade.

      No Brasil, a festa foi instituída em 1961. A tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados originou-se em Ouro Preto, Minas Gerais e a prática foi adotada em diversas dioceses do território nacional. A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.



Reflexões



      Os católicos tem plena convicção da presença real de Cristo na Eucaristia. Jesus está verdadeiramente presente, de dia e de noite, em todos os Sacrários do mundo inteiro. Contudo, nos parece que esta certeza já não reside com tanta intensidade no coração do homem moderno. O maior Tesouro que existe sobre a terra, "que possui o valor do próprio Deus", a Eucaristia, Cristo a deixou para os homens .... de graça! Se mesmo na condição de pecadores, assombramo-nos com o descaso a tão valioso Sacramento, impossível assimilar o sentimento de Deus ante a indiferença dos homens com a Eucaristia.

      Ao contrário do que se imagina, a Igreja está mais preocupada em pregar e difundir a Sã Doutrina, do que com o número de ovelhas em seu aprisco. A Igreja não trabalha baseada em dados estatísticos, mas com a difusão do Evangelho. Nesse sentido, lembremos que houve debandada geral da turba quando Jesus revelou publicamente: "Minha carne é verdadeiramente comida e meu Sangue, verdadeiramente bebida". Ao ouvir isto, o povo escandalizado deu as costas à Jesus; todos evadiram-se, restando apenas doze. Jesus não deu maiores explicações, nem correu atrás da multidão desolada, pelo contrário, simplesmente perguntou aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?". No que São Pedro respondeu: "A quem iríamos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna" (Cf. Jo 6, 52 - 68). Portanto, é absolutamente claro que: "Jesus não depende das multidões, as multidões é que dependem d'Ele", assim como "A Igreja de Cristo não depende dos fiéis, os fiéis é que dependem dela para chegarem a Cristo" (Livro Oriente)

      Ao aproximarmo-nos do Santo Sacrário, tenhamos a confiança de dizer "Meu Senhor e meu Deus", certos de que Ele está ali, Vivo, Real e Verdadeiro a ouvir nossas preces e a contemplar nossa fé. E esta fé, é uma formidável bem-aventurança que recebemos de Jesus, por intermédio das dúvidas levantadas por São Tomé, a quem o Mestre disse: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" (Jo 21, 29)

"Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé"

martes, 28 de junio de 2011

Exsurge Domine-Bula do Papa Leão X – emitida em 15 junho 1520





Capa da 1ª edição da bula.



     Exsurge Domine é o nome da bula pontifícia emitida pelo papa Leão X em 15 de junho de 1520 em resposta às 95 teses de Martinho Lutero e aos seus escritos sucessivos. Dessas 95, o papa reconhecia como válidas 54 teses, mas pedia que Lutero se retratasse por 41 delas, assim como por outros erros especificados, oferecendo um prazo de 70 dias a partir da sua publicação.

     Ainda que a bula não criticasse diretamente todos os pontos tocados pelo então monge alemão, proibia que em todos os países católicos fosse publicada, vendida e lida qualquer literatura que contivesse os erros e as heresias contidas nas 95 teses, solicitando às autoridades seculares que se encarregassem de respeitar e fazer respeitar a bula em seus territórios.

     O prazo final de 10 de dezembro de 1520 foi o dia em que Lutero queimou a sua cópia da bula juntamente com os volumes do Código de Direito Canônico.



Os erros de MARTINHO LUTERO

Bull of Pope Leo X issued June 15, 1520

     Arise, O Lord, and judge your own cause. Levanta-te, ó Senhor, e julgar sua própria causa. Remember your reproaches to those who are filled with foolishness all through the day. Lembre-se de sua censura para aqueles que estão cheios de loucura durante todo o dia. Listen to our prayers, for foxes have arisen seeking to destroy the vineyard whose winepress you alone have trod. Ouvir as nossas orações, para as raposas têm surgido procurando destruir a vinha cujo lagar só você tem trilhado. When you were about to ascend to your Father, you committed the care, rule, and administration of the vineyard, an image of the triumphant church, to Peter, as the head and your vicar and his successors. Quando estavam prestes a subir para o Pai, você cometeu o cuidado, norma e administração da vinha, uma imagem da igreja triunfante, a Pedro, como cabeça e seu Vigário e seus sucessores. The wild boar from the forest seeks to destroy it and every wild beast feeds upon it. O javali da floresta procura destruí-la e toda fera selvagem se alimenta dela.

     Rise, Peter, and fulfill this pastoral office divinely entrusted to you as mentioned above. Levanta-te, Pedro, e cumprir este múnus pastoral divinamente confiado a você como mencionado acima. Give heed to the cause of the holy Roman Church, mother of all churches and teacher of the faith, whom you by the order of God, have consecrated by your blood. Dar atenção à causa da santa Igreja Romana, mãe de todas as igrejas e mestra da fé, quem pela ordem de Deus, tem consagrado pelo seu sangue. Against the Roman Church, you warned, lying teachers are rising, introducing ruinous sects, and drawing upon themselves speedy doom. Contra a Igreja romana, que advertiu, professores mentindo estão subindo, introduzindo seitas ruinosas, e desenho em si mesmos condenação rápida. Their tongues are fire, a restless evil, full of deadly poison. Suas línguas são de fogo, um mal irrequieto, cheia de veneno mortal. They have bitter zeal, contention in their hearts, and boast and lie against the truth. Eles têm zelo amargo, discórdia em seus corações, e ostentam e mentir contra a verdade.

     We beseech you also, Paul, to arise. Nós imploramos a você também, Paul, a surgir. It was you that enlightened and illuminated the Church by your doctrine and by a martyrdom like Peter's. Foi você que esclarecidos e iluminados da Igreja pela sua doutrina e por um martírio como a de Pedro. For now a new Porphyry rises who, as the old once wrongfully assailed the holy apostles, now assails the holy pontiffs, our predecessors. Por agora um novo Porfírio se levanta que, como o velho uma vez injustamente atacado os santos apóstolos, agora ataca os pontífices santos, nossos predecessores.

Rebuking them, in violation of your teaching, instead of imploring them, he is not ashamed to assail them, to tear at them, and when he despairs of his cause, to stoop to insults.      Repreendendo-os, em violação do seu ensino, em vez de implorar-los, ele não se envergonha de assaltar-los, a rasgar a eles, e quando ele se desespera de sua causa, a vergar-se aos insultos. He is like the heretics "whose last defense," as Jerome says, "is to start spewing out a serpent's venom with their tongue when they see that their causes are about to be condemned, and spring to insults when they see they are vanquished." Ele é como os hereges "cuja última defesa", como diz Jerônimo, "é começar a vomitar veneno de serpente com sua língua, quando vêem que suas causas estão prestes a ser condenado, e na primavera de insultos quando vêem que estão vencidos. " For although you have said that there must be heresies to test the faithful, still they must be destroyed at their very birth by your intercession and help, so they do not grow or wax strong like your wolves. Pois, embora você disse que deve haver heresias para testar os fiéis, ainda devem ser destruídos em seu nascimento por sua intercessão e ajuda, para que eles não crescem ou cera forte como o seu lobos. Finally, let the whole church of the saints and the rest of the universal church arise. Finalmente, deixe toda a igreja dos santos eo resto da igreja universal surgir. Some, putting aside her true interpretation of Sacred Scripture, are blinded in mind by the father of lies. Alguns, pondo de lado a verdadeira interpretação da Sagrada Escritura, estão cegos em mente, o pai da mentira. Wise in their own eyes, according to the ancient practice of heretics, they interpret these same Scriptures otherwise than the Holy Spirit demands, inspired only by their own sense of ambition, and for the sake of popular acclaim, as the Apostle declares. Sábios a seus próprios olhos, de acordo com a antiga prática dos heréticos, interpretam essas mesmas Escrituras de outra forma que as demandas Espírito Santo, inspirada apenas pelo seu próprio sentido de ambição, e por causa de aclamação popular, como o Apóstolo declara. In fact, they twist and adulterate the Scriptures. Na verdade, eles torcem e adulterar as Escrituras. As a result, according to Jerome, "It is no longer the Gospel of Christ, but a man's, or what is worse, the devil's." Como resultado, de acordo com Jerônimo, "Já não é o Evangelho de Cristo, mas de um homem, ou o que é pior, do diabo."

     Let all this holy Church of God, I say, arise, and with the blessed apostles intercede with almighty God to purge the errors of His sheep, to banish all heresies from the lands of the faithful, and be pleased to maintain the peace and unity of His holy Church. Deixe toda a Igreja este santo de Deus, eu digo, levanta-te, e com os apóstolos abençoada interceder junto a Deus Todo-Poderoso para purgar os erros de sua ovelha, para banir todas as heresias das terras dos fiéis, e ser o prazer de manter a paz ea unidade de Sua santa Igreja.

     For we can scarcely express, from distress and grief of mind, what has reached our ears for some time by the report of reliable men and general rumor; alas, we have even seen with our eyes and read the many diverse errors. Para mal podemos expressar, de angústia e dor de cabeça, o que chegou a nossos ouvidos por algum tempo pelo relatório dos homens de confiança e do rumor geral; infelizmente, temos visto até mesmo com os nossos olhos e ler os muitos erros diversos. Some of these have already been condemned by councils and the constitutions of our predecessors, and expressly contain even the heresy of the Greeks and Bohemians. Alguns destes já foram condenados por concílios e constituições de nossos predecessores, e expressamente conter mesmo a heresia dos Gregos e Boêmios. Other errors are either heretical, false, scandalous, or offensive to pious ears, as seductive of simple minds, originating with false exponents of the faith who in their proud curiosity yearn for the world's glory, and contrary to the Apostle's teaching, wish to be wiser than they should be. Outros erros são ou heréticos, falsos, escandalosos, ou ofensivos aos ouvidos piedosos, como sedutores das mentes simples, originando com expoentes falsa da fé que, em seu anseio curiosidade de orgulho para a glória do mundo, e contrariamente ao ensinamento do Apóstolo, deseja ser mais sábio do que elas deveriam ser. Their talkativeness, unsupported by the authority of the Scriptures, as Jerome says, would not win credence unless they appeared to support their perverse doctrine even with divine testimonies however badly interpreted. Sua tagarelice, não suportado pela autoridade das Escrituras, como diz Jerônimo, não ganharia credibilidade se não apareceu para apoiar a sua doutrina perversa mesmo com testemunhos divinos ainda que mal interpretada. From their sight fear of God has now passed. De seus olhos o medo de Deus já passou.

     These errors have, at the suggestion of the human race, been revived and recently propagated among the more frivolous and the illustrious German nation. Esses erros têm, por sugestão da raça humana, foi reavivada e recentemente propagados entre os mais frívolos e ilustres da nação alemã. We grieve the more that this happened there because we and our predecessors have always held this nation in the bosom of our affection. Sofremos mais que isso tenha acontecido ali porque nós e nossos antecessores sempre tiveram esta nação no seio de nossa afeição. For after the empire had been transferred by the Roman Church from the Greeks to these same Germans, our predecessors and we always took the Church's advocates and defenders from among them. Para depois o império foi transferido pela Igreja Romana dos Gregos para esses alemães mesmo, nossos predecessores e nós sempre teve defensores da Igreja e defensores do meio deles. Indeed it is certain that these Germans, truly germane to the Catholic faith, have always been the bitterest opponents of heresies, as witnessed by those commendable constitutions of the German emperors in behalf of the Church's independence, freedom, and the expulsion and extermination of all heretics from Germany. De fato, é certo que esses alemães, verdadeiramente pertinente à fé católica, foram sempre os mais ferrenhos inimigos de heresias, como testemunham as constituições louvável dos imperadores alemães em nome da independência da Igreja, a liberdade, ea expulsão e extermínio de todos os hereges da Alemanha. Those constitutions formerly issued, and then confirmed by our predecessors, were issued under the greatest penalties even of loss of lands and dominions against anyone sheltering or not expelling them. Essas constituições anteriormente emitidos, e depois confirmado por nossos predecessores, foram emitidas com o maior penalidades, mesmo de perda de terras e domínios contra qualquer um abrigo ou não expulsá-los. If they were observed today both we and they would obviously be free of this disturbance. Se fossem observadas hoje tanto nós como eles seria obviamente livres deste distúrbio. Witness to this is the condemnation and punishment in the Council of Constance of the infidelity of the Hussites and Wyclifites as well as Jerome of Prague. Testemunha disso é a condenação e punição no Concílio de Constança da infidelidade dos Hussitas e wyclifites bem como Jerônimo de Praga. Witness to this is the blood of Germans shed so often in wars against the Bohemians. Testemunha disso é o sangue derramado dos alemães tantas vezes em guerras contra o Bohemians. A final witness is the refutation, rejection, and condemnation no less learned than true and holy of the above errors, or many of them, by the universities of Cologne and Louvain, most devoted and religious cultivators of the Lord's field. Uma testemunha final é a refutação, rejeição e condenação não menos do que aprendeu de verdadeiro e santo dos erros acima, ou muitos deles, pelas universidades de Colônia e Louvain, a maioria dos cultivadores dedicados e religiosa do campo do Senhor. We could allege many other facts too, which we have decided to omit, lest we appear to be composing a history. Poderíamos alegam muitos outros fatos também, que decidimos omitir, para que não parecem ser a compor uma história.

In virtue of our pastoral office committed to us by the divine favor we can under no circumstances tolerate or overlook any longer the pernicious poison of the above errors without disgrace to the Christian religion and injury to orthodox faith.       Em virtude do nosso escritório pastoral comprometida a nós pelo favor divino podemos sob nenhuma circunstância tolerar ou ignorar por mais tempo o veneno pernicioso dos erros acima sem desgraça para a religião cristã e danos à fé ortodoxa. Some of these errors we have decided to include in the present document; their substance is as follows: Alguns desses erros, decidimos incluir no presente documento, a sua substância é a seguinte:

1. 1. It is a heretical opinion, but a common one, that the sacraments of the New Law give pardoning grace to those who do not set up an obstacle. É uma opinião herética, mas muito comum, que os sacramentos da Nova Lei dão a graça perdão para aqueles que não configurar um obstáculo.

2. 2. To deny that in a child after baptism sin remains is to treat with contempt both Paul and Christ. Para negar que, em uma criança após o batismo o pecado permanece é tratar com desprezo tanto Paulo como Cristo.

3. 3. The inflammable sources of sin, even if there be no actual sin, delay a soul departing from the body from entrance into heaven. As fontes inflamáveis ​​do pecado, mesmo se não há pecado atual, demora uma alma que partem do corpo da entrada no céu.

4. 4. To one on the point of death imperfect charity necessarily brings with it great fear, which in itself alone is enough to produce the punishment of purgatory, and impedes entrance into the kingdom. Para um a ponto de caridade morte imperfeita necessariamente traz consigo grande temor, o que em si só é suficiente para produzir a punição do purgatório, e impede a entrada no reino.

5. 5. That there are three parts to penance: contrition, confession, and satisfaction, has no foundation in Sacred Scripture nor in the ancient sacred Christian doctors. Que há três partes na penitência: contrição, confissão e satisfação, não tem fundamento na Sagrada Escritura nem nos antigos e sagrados doutores cristãos.

6. 6. Contrition, which is acquired through discussion, collection, and detestation of sins, by which one reflects upon his years in the bitterness of his soul, by pondering over the gravity of sins, their number, their baseness, the loss of eternal beatitude, and the acquisition of eternal damnation, this contrition makes him a hypocrite, indeed more a sinner. Contrição, que é adquirida através da discussão, coleta e abominação dos pecados, pelo qual se reflete sobre seus anos na amargura de sua alma, ponderando sobre a gravidade dos pecados, seu número, a baixeza, a perda de bem-aventurança eterna, e a aquisição de condenação eterna, essa contrição torna-o um hipócrita, de fato, mais um pecador.

7. 7. It is a most truthful proverb and the doctrine concerning the contritions given thus far is the more remarkable: "Not to do so in the future is the highest penance; the best penance, a new life." É um provérbio mais verdadeira ea doutrina sobre o contritions dado até agora é ainda mais notável: "Não fazer isso no futuro é a maior penitência; a melhor penitência, uma nova vida."

8. 8. By no means may you presume to confess venial sins, nor even all mortal sins, because it is impossible that you know all mortal sins. De maneira nenhuma pode ter a pretensão de confessar pecados veniais, nem mesmo todos os pecados mortais, porque é impossível que você sabe que todos os pecados mortais. Hence in the primitive Church only manifest mortal sins were confessed. Por isso na Igreja primitiva somente os pecados mortais foram manifestar confessou.

9. 9. As long as we wish to confess all sins without exception, we are doing nothing else than to wish to leave nothing to God's mercy for pardon. Enquanto nós desejamos a confessar todos os pecados sem exceção, estamos fazendo nada mais do que querer não deixam nada a misericórdia de Deus para o perdão.

10. 10. Sins are not forgiven to anyone, unless when the priest forgives them he believes they are forgiven; on the contrary the sin would remain unless he believed it was forgiven; for indeed the remission of sin and the granting of grace does not suffice, but it is necessary also to believe that there has been forgiveness. Pecados não são perdoados a ninguém, a não ser quando o sacerdote perdoa-lhes que ele acredita que eles estão perdoados, pelo contrário o pecado permanecerá, a menos que ele acreditava que era perdoado, pois na verdade a remissão do pecado ea concessão da graça não é suficiente, mas é necessário também acreditar que houve perdão.

11. 11. By no means can you have reassurance of being absolved because of your contrition, but because of the word of Christ: "Whatsoever you shall loose, etc." De maneira nenhuma se pode ter confiança de ser absolvido por causa de sua contrição, mas por causa da palavra de Cristo: "Tudo o que desligares, etc" Hence, I say, trust confidently, if you have obtained the absolution of the priest, and firmly believe yourself to have been absolved, and you will truly be absolved, whatever there may be of contrition. Por isso, eu digo, a confiança com confiança, se você obteve a absolvição do sacerdote, e acredito firmemente que a si mesmo ter sido absolvido, e você será verdadeiramente absolvido, seja qual for, pode haver de contrição.

12. 12. If through an impossibility he who confessed was not contrite, or the priest did not absolve seriously, but in a jocose manner, if nevertheless he believes that he has been absolved, he is most truly absolved. Se através de uma impossibilidade, ele confessou que não estava arrependido, ou o padre não absolve a sério, mas de uma maneira jocosa, se, no entanto, ele acredita que ele tenha sido absolvido, ele é o mais absolvido.

13. 13. In the sacrament of penance and the remission of sin the pope or the bishop does no more than the lowest priest; indeed, where there is no priest, any Christian, even if a woman or child, may equally do as much. No sacramento da penitência e da remissão do pecado o papa ou o bispo não faz mais do que o menor padre, na verdade, onde não há padre, qualquer cristão, mesmo se uma mulher ou criança, pode igualmente fazer o máximo.

14. 14. No one ought to answer a priest that he is contrite, nor should the priest inquire. Ninguém deve responder a um padre que está contrito, nem o padre perguntar.

15. 15. Great is the error of those who approach the sacrament of the Eucharist relying on this, that they have confessed, that they are not conscious of any mortal sin, that they have sent their prayers on ahead and made preparations; all these eat and drink judgment to themselves. Grande é o erro daqueles que se aproximam do sacramento da Eucaristia contando com isso, que eles tenham confessado, que não têm consciência de qualquer pecado mortal, que enviou as suas orações em frente e fez preparativos, todos estes comem e bebem juízo para si mesmos. But if they believe and trust that they will attain grace, then this faith alone makes them pure and worthy. Mas se eles acreditam e confiam que obterão a graça, então esta fé sozinha torna-os puros e dignos.

16. 16. It seems to have been decided that the Church in common Council established that the laity should communicate under both species; the Bohemians who communicate under both species are not heretics, but schismatics. Parece ter sido decidido que a Igreja em comum do Conselho estabeleceu que os leigos devem se comunicar em ambas as espécies, o Bohemians que se comunicam sob as duas espécies não são hereges, mas cismáticos.

17. 17. The treasures of the Church, from which the pope grants indulgences, are not the merits of Christ and of the saints. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são os méritos de Cristo e dos santos.

18. 18. Indulgences are pious frauds of the faithful, and remissions of good works; and they are among the number of those things which are allowed, and not of the number of those which are advantageous. Indulgências são fraudes piedosas dos fiéis, e remissões de boas obras, e eles estão entre o número daquelas coisas que são permitidas, e não do número de pessoas que são vantajosas.

19. 19. Indulgences are of no avail to those who truly gain them, for the remission of the penalty due to actual sin in the sight of divine justice. Indulgências são inúteis para aqueles que realmente conquistá-los, para a remissão da pena devida ao pecado actual aos olhos da justiça divina.

20. 20. They are seduced who believe that indulgences are salutary and useful for the fruit of the spirit. Eles são seduzidos que acreditam que indulgências são salutares e úteis para o fruto do espírito.

21. 21. Indulgences are necessary only for public crimes, and are properly conceded only to the harsh and impatient. Indulgências são necessárias somente para crimes públicos, e estão devidamente concedido apenas à dura e impaciente.

22. 22. For six kinds of men indulgences are neither necessary nor useful; namely, for the dead and those about to die, the infirm, those legitimately hindered, and those who have not committed crimes, and those who have committed crimes, but not public ones, and those who devote themselves to better things. Para seis tipos de indulgências homens não são necessárias nem úteis, ou seja, para os mortos e aqueles prestes a morrer, os enfermos, aqueles legitimamente impedidos, e aqueles que não cometeram crimes, e aqueles que cometeram crimes, mas não as públicas, e aqueles que se dedicam a coisas melhores.

23. 23. Excommunications are only external penalties and they do not deprive man of the common spiritual prayers of the Church. Excomunhões são apenas penas externas e não privam o homem das orações espirituais comuns da Igreja.

24. 24. Christians must be taught to cherish excommunications rather than to fear them. Os cristãos devem ser ensinados a valorizar excomunhões ao invés de temê-los.

25. 25. The Roman Pontiff, the successor of Peter, is not the vicar of Christ over all the churches of the entire world, instituted by Christ Himself in blessed Peter. O Romano Pontífice, sucessor de Pedro, não é o vigário de Cristo sobre todas as igrejas de todo o mundo, instituído pelo próprio Cristo em S. Pedro.

26. 26. The word of Christ to Peter: "Whatsoever you shall loose on earth," etc., is extended merely to those things bound by Peter himself. A palavra de Cristo a Pedro: "Tudo o que desligares na terra", etc, é estendido apenas para essas coisas obrigado pelo próprio Pedro.

27. 27. It is certain that it is not in the power of the Church or the pope to decide upon the articles of faith, and much less concerning the laws for morals or for good works. É certo que não está no poder da Igreja ou do papa para decidir sobre os artigos de fé, e muito menos sobre as leis de moral ou de boas obras.

28. 28. If the pope with a great part of the Church thought so and so, he would not err; still it is not a sin or heresy to think the contrary, especially in a matter not necessary for salvation, until one alternative is condemned and another approved by a general Council. Se o papa com uma grande parte da Igreja pensou assim e assim, ele não poderia errar, ainda não é um pecado ou heresia pensar o contrário, especialmente em uma matéria não necessária à salvação, até que uma alternativa é condenado e outro aprovado por um Conselho geral.

29. 29. A way has been made for us for weakening the authority of councils, and for freely contradicting their actions, and judging their decrees, and boldly confessing whatever seems true, whether it has been approved or disapproved by any council whatsoever. Um caminho foi aberto para nós para enfraquecer a autoridade dos conselhos, e para contradizer seus atos livremente, e julgar seus decretos, e corajosamente confessar tudo o que pareça verdade, se foi aprovado ou reprovado por qualquer conselho que seja.

30. 30. Some articles of John Hus, condemned in the Council of Constance, are most Christian, wholly true and evangelical; these the universal Church could not condemn. Alguns artigos de João Hus, condenado no Concílio de Constança, são mais cristãos, totalmente verdadeiras e evangélicas; estes a Igreja universal não poderia condenar.

31. 31. In every good work the just man sins. Em toda boa obra o justo pecados.

32. 32. A good work done very well is a venial sin. Um bom trabalho feito muito bem é um pecado venial.

33. 33. That heretics be burned is against the will of the Spirit. Que os hereges ser queimado é contra a vontade do Espírito.

34. 34. To go to war against the Turks is to resist God who punishes our iniquities through them. Para ir à guerra contra os turcos é resistir a Deus que castiga nossas iniqüidades através deles.

35. 35. No one is certain that he is not always sinning mortally, because of the most hidden vice of pride. Ninguém é certo que ele não é sempre pecando mortalmente, por causa do vício mais escondidos do orgulho.

36. 36. Free will after sin is a matter of title only; and as long as one does what is in him, one sins mortally. O livre-arbítrio depois do pecado é uma questão de título apenas, e enquanto um faz o que está nele, peca mortalmente.

37. 37. Purgatory cannot be proved from Sacred Scripture which is in the canon. Purgatório não pode ser provada da Sagrada Escritura que é no cânon.

38. 38. The souls in purgatory are not sure of their salvation, at least not all; nor is it proved by any arguments or by the Scriptures that they are beyond the state of meriting or of increasing in charity. As almas do purgatório não tem certeza da sua salvação, ao menos não todas, nem é provado por nenhum argumento ou pelas Escrituras que estão além do estado de merecer ou de aumento na caridade.

39. 39. The souls in purgatory sin without intermission, as long as they seek rest and abhor punishment. As almas do purgatório em pecado sem intervalo, enquanto eles procuram descanso e punição abominam.

40. 40. The souls freed from purgatory by the suffrages of the living are less happy than if they had made satisfactions by themselves. As almas do purgatório libertado pelos sufrágios dos vivos são menos felizes do que se tivessem feito satisfações por si mesmos.

41. 41. Ecclesiastical prelates and secular princes would not act badly if they destroyed all of the money bags of beggary. Prelados eclesiásticos e príncipes seculares não agiriam mal se eles destruíram todos os sacos de dinheiro da mendicância.

     No one of sound mind is ignorant how destructive, pernicious, scandalous, and seductive to pious and simple minds these various errors are, how opposed they are to all charity and reverence for the holy Roman Church who is the mother of all the faithful and teacher of the faith; how destructive they are of the vigor of ecclesiastical discipline, namely obedience. Ninguém de mente sã é ignorante como destrutivos, pernicioso, escandaloso e sedutor das mentes piedosas e simples destes vários erros são, como eles são oposição a toda caridade e reverência para com a santa Igreja Romana que é a mãe de todos os fiéis e professor da fé; quão destrutiva são do vigor da disciplina eclesiástica, ou seja, obediência. This virtue is the font and origin of all virtues and without it anyone is readily convicted of being unfaithful. Esta virtude é a fonte e origem de todas as virtudes e sem ela qualquer um é prontamente condenado por ser infiel.

     Therefore we, in this above enumeration, important as it is, wish to proceed with great care as is proper, and to cut off the advance of this plague and cancerous disease so it will not spread any further in the Lord's field as harmful thornbushes. Portanto, nós, nessa enumeração acima, mais importante que seja, desejamos proceder com grande cuidado como é adequado, e cortar o avanço dessa praga e doença cancerosa de modo que não irá se espalhar mais além no campo do Senhor como espinheiros prejudiciais. We have therefore held a careful inquiry, scrutiny, discussion, strict examination, and mature deliberation with each of the brothers, the eminent cardinals of the holy Roman Church, as well as the priors and ministers general of the religious orders, besides many other professors and masters skilled in sacred theology and in civil and canon law. Temos, portanto, realizou uma investigação cuidadosa, análise, discussão, análise rigorosa, e deliberação amadurecida com cada um dos irmãos, os cardeais eminentes da Santa Romana Igreja, bem como os priores e ministros gerais das ordens religiosas, além de muitos outros professores e mestres qualificados em sagrada teologia e em direito civil e canônico. We have found that these errors or theses are not Catholic, as mentioned above, and are not to be taught, as such; but rather are against the doctrine and tradition of the Catholic Church, and against the true interpretation of the sacred Scriptures received from the Church. Descobrimos que esses erros ou teses não são católicos, como mencionado acima, e não devem ser ensinados, como tal, mas são contra a doutrina ea tradição da Igreja Católica, e contra a verdadeira interpretação das Sagradas Escrituras recebida da Igreja. Now Augustine maintained that her authority had to be accepted so completely that he stated he would not have believed the Gospel unless the authority of the Catholic Church had vouched for it. Agora Agostinho afirmava que sua autoridade tinha para ser aceito tão completamente que ele declarou que não teria acreditado no Evangelho, a menos que a autoridade da Igreja Católica tinha aval para isso. For, according to these errors, or any one or several of them, it clearly follows that the Church which is guided by the Holy Spirit is in error and has always erred. Pois, de acordo com esses erros, ou de qualquer um ou vários deles, segue-se claramente que a Igreja que é guiada pelo Espírito Santo é um erro e sempre erraram. This is against what Christ at his ascension promised to his disciples (as is read in the holy Gospel of Matthew): "I will be with you to the consummation of the world"; it is against the determinations of the holy Fathers, or the express ordinances and canons of the councils and the supreme pontiffs. Isso é contra o que Cristo em sua ascensão prometeu aos seus discípulos (como se lê no santo Evangelho de Mateus): "Eu estarei convosco até a consumação do mundo", é contra as determinações dos santos Padres, ou o ordenanças expressar e cânones dos conselhos e os Sumos Pontífices. Failure to comply with these canons, according to the testimony of Cyprian, will be the fuel and cause of all heresy and schism. O não cumprimento desses cânones, de acordo com o testemunho de Cipriano, será o combustível e causa de toda heresia e cisma.

With the advice and consent of these our venerable brothers, with mature deliberation on each and every one of the above theses, and by the authority of almighty God, the blessed Apostles Peter and Paul, and our own authority, we condemn, reprobate, and reject completely each of these theses or errors as either heretical, scandalous, false, offensive to pious ears or seductive of simple minds, and against Catholic truth.      Com o conselho e consentimento destes nossos irmãos veneráveis, com deliberação amadurecida sobre cada uma das teses acima, e pela autoridade do Deus Todo-Poderoso, bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e nossa própria autoridade, nós condenamos, reprovamos, e rejeitamos completamente cada uma dessas teses ou erros como heréticos, escandalosos, falsos, ofensivos aos ouvidos piedosos ou sedutores das mentes simples, e contra a verdade católica. By listing them, we decree and declare that all the faithful of both sexes must regard them as condemned, reprobated, and rejected . Listando-os, nós decretamos e declaramos que todos os fiéis de ambos os sexos devem considerá-los como condenados, reprovados e rejeitados. . . . . We restrain all in the virtue of holy obedience and under the penalty of an automatic major excommunication.... Nós conter todos na virtude da santa obediência e sob pena de excomunhão automática principais ....

Moreover, because the preceding errors and many others are contained in the books or writings of Martin Luther, we likewise condemn, reprobate, and reject completely the books and all the writings and sermons of the said Martin, whether in Latin or any other language, containing the said errors or any one of them; and we wish them to be regarded as utterly condemned, reprobated, and rejected.      Além disso, porque os erros anteriores e muitos outros estão contidos nos livros ou escritos de Martinho Lutero, nós também condenamos, reprovamos, e rejeitamos completamente os livros e todos os escritos e sermões do citado Martin, seja na América ou qualquer outra língua, contendo os referidos erros ou qualquer um deles, e nós desejamos que eles sejam considerados como absolutamente condenável, reprovável, e rejeitado. We forbid each and every one of the faithful of either sex, in virtue of holy obedience and under the above penalties to be incurred automatically, to read, assert, preach, praise, print, publish, or defend them. Nós proibimos todos e cada um dos fiéis de ambos os sexos, em virtude da santa obediência e sob as penas acima a ser incorrido automaticamente, de ler, afirmar, pregar, louvar, imprimir, publicar ou defendê-los. They will incur these penalties if they presume to uphold them in any way, personally or through another or others, directly or indirectly, tacitly or explicitly, publicly or occultly, either in their own homes or in other public or private places. Eles vão incorrer essas penalidades, se a presunção de mantê-las de qualquer forma, pessoalmente ou através de outro ou outros, direta ou indiretamente, tácita ou explicitamente, pública ou ocultamente, seja em suas próprias casas ou em outros locais públicos ou privados. Indeed immediately after the publication of this letter these works, wherever they may be, shall be sought out carefully by the ordinaries and others [ecclesiastics and regulars], and under each and every one of the above penalties shall be burned publicly and solemnly in the presence of the clerics and people. De fato, imediatamente após a publicação desta carta destas obras, onde quer que estejam, devem ser procuradas fora cuidadosamente pela Ordinários e outros [eclesiásticos e regulares], e sob todas e cada uma das penas acima deverão ser queimadas publica e solenemente na presença dos clérigos e pessoas.

     As far as Martin himself is concerned, O good God, what have we overlooked or not done? Na medida em que Martin se está em causa, ó bom Deus, o que temos negligenciado ou não feito? What fatherly charity have we omitted that we might call him back from such errors? Que caridade paternal omitimos para que pudéssemos chamá-lo de volta de tais erros? For after we had cited him, wishing to deal more kindly with him, we urged him through various conferences with our legate and through our personal letters to abandon these errors. Para depois tivemos o citou, querendo relacionarmos mais bondosamente com ele, que insistiu com ele através de várias conferências com o nosso legado e através de nossas cartas pessoais para abandonar esses erros. We have even offered him safe conduct and the money necessary for the journey urging him to come without fear or any misgivings, which perfect charity should cast out, and to talk not secretly but openly and face to face after the example of our Savior and the Apostle Paul. Temos mesmo ofereceu-lhe salvo conduto eo dinheiro necessário para a viagem instando-o a vir sem medo ou qualquer receio, que a caridade perfeita deve lançar fora, e para não falar secretamente mas abertamente e face a face, a exemplo de nosso Salvador e do apóstolo Paulo. If he had done this, we are certain he would have changed in heart, and he would have recognized his errors. Se ele tivesse feito isso, estamos certos de que ele teria mudado de coração, e ele teria reconhecido seus erros. He would not have found all these errors in the Roman Curia which he attacks so viciously, ascribing to it more than he should because of the empty rumors of wicked men. Ele não teria encontrado todos esses erros na Cúria Romana, que ele ataca de forma tão virulenta, atribuindo a ele mais do que deveria por causa dos boatos vazios de homens perversos. We would have shown him clearer than the light of day that the Roman pontiffs, our predecessors, whom he injuriously attacks beyond all decency, never erred in their canons or constitutions which he tries to assail. Gostaríamos de ter-lhe mostrado mais clara do que a luz do dia que nunca os pontífices romanos, nossos antecessores, a quem ele injuriosamente ataques além de toda decência, errou em seus cânones ou constituições que ele tenta assaltar. For, according to the prophet, neither is healing oil nor the doctor lacking in Galaad. Pois, de acordo com o profeta, nem é a cura do petróleo nem o médico falta de Galaad.

     But he always refused to listen and, despising the previous citation and each and every one of the above overtures, disdained to come. Mas ele sempre se recusou a ouvir e, desprezando a citação prévia e todas e cada uma das aberturas acima, desdenhado por vir. To the present day he has been contumacious. Até os dias atuais, ele tem sido contumaz. With a hardened spirit he has continued under censure over a year. Com um espírito endurecido, ele continuou sob censura mais de um ano. What is worse, adding evil to evil, and on learning of the citation, he broke forth in a rash appeal to a future council. O que é pior, acrescentando mal para o mal, e na aprendizagem da citação, ele rompeu em erupção um apelo a um concílio futuro. This to be sure was contrary to the constitution of Pius II and Julius II our predecessors that all appealing in this way are to be punished with the penalties of heretics. Este com certeza foi contrário à constituição de Pio II e Júlio II nossos predecessores que todos apelando desta forma devem ser punidos com as penas de heréticos. In vain does he implore the help of a council, since he openly admits that he does not believe in a council. Em vão ele implorar a ajuda de um conselho, uma vez que ele admite abertamente que ele não acredita em um conselho.

     Therefore we can, without any further citation or delay, proceed against him to his condemnation and damnation as one whose faith is notoriously suspect and in fact a true heretic with the full severity of each and all of the above penalties and censures. Portanto, podemos, sem qualquer citação ou mais de atraso, proceder contra ele, para sua condenação ea condenação como alguém cuja fé é notoriamente suspeita e de fato um herege verdadeiro com a gravidade cheia de todos e cada um das penalidades acima e censuras. Yet, with the advice of our brothers, imitating the mercy of almighty God who does not wish the death of a sinner but rather that he be converted and live, and forgetting all the injuries inflicted on us and the Apostolic See, we have decided to use all the compassion we are capable of. No entanto, com o conselho de nossos irmãos, imitando a misericórdia de Deus Todo-Poderoso que não deseja a morte do pecador mas antes que ele se converta e viva, e esquecendo todos os ferimentos infligidos a nós e à Sé Apostólica, decidimos use toda a compaixão do que são capazes. It is our hope, so far as in us lies, that he will experience a change of heart by taking the road of mildness we have proposed, return, and turn away from his errors. É nossa esperança, tanto quanto em nós reside, que ele vai experimentar uma mudança de coração, tomando o caminho da brandura que propusemos, volte e se afastam de seus erros. We will receive him kindly as the prodigal son returning to the embrace of the Church. Vamos recebê-lo gentilmente como o filho pródigo retornando ao abraço da Igreja.

     Therefore let Martin himself and all those adhering to him, and those who shelter and support him, through the merciful heart of our God and the sprinkling of the blood of our Lord Jesus Christ by which and through whom the redemption of the human race and the upbuilding of holy mother Church was accomplished, know that from our heart we exhort and beseech that he cease to disturb the peace, unity, and truth of the Church for which the Savior prayed so earnestly to the Father. Portanto, que o próprio Martin e todos aqueles que aderem a ele, e aqueles que abrigo e apoiá-lo, através do coração misericordioso do nosso Deus ea aspersão do sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual e através de quem a redenção da raça humana e os edificação da Santa Madre Igreja foi realizado, saiba que do nosso coração exortamos e suplicamos que ele deixará de perturbar a paz, unidade e verdade da Igreja para a qual o Salvador rezou tão insistentemente ao Pai. Let him abstain from his pernicious errors that he may come back to us. Deixe-o abster-se de seus erros perniciosos que ele pode voltar para nós. If they really will obey, and certify to us by legal documents that they have obeyed, they will find in us the affection of a father's love, the opening of the font of the effects of paternal charity, and opening of the font of mercy and clemency. Se eles realmente vai obedecer, e certificar-nos por documentos legais que obedeceram, encontrarão em nós a afeição do amor de um pai, a abertura da fonte dos efeitos da caridade paternal, e abertura da fonte de misericórdia e clemência.

     We enjoin, however, on Martin that in the meantime he cease from all preaching or the office of preacher. Nós recomendam, no entanto, sobre Martin que, entretanto, ele deixa de toda a pregação ou o cargo de pregador.

{ And even though the love of righteousness and virtue did not take him away from sin and the hope of forgiveness did not lead him to penance, perhaps the terror of the pain of punishment may move him.      {E mesmo que o amor da justiça e da virtude não levá-lo longe do pecado ea esperança do perdão não o levou à penitência, talvez o terror da dor do castigo pode movê-lo. Thus we beseech and remind this Martin, his supporters and accomplices of his holy orders and the described punishment. Assim, vos rogamos e recordar a esta Martin, os seus apoiantes e cúmplices de suas ordens sagradas ea punição descrita. We ask him earnestly that he and his supporters, adherents and accomplices desist within sixty days (which we wish to have divided into three times twenty days, counting from the publication of this bull at the places mentioned below) from preaching, both expounding their views and denouncing others, from publishing books and pamphlets concerning some or all of their errors. Pedimos-lhe encarecidamente que ele e os seus apoiantes, adeptos e cúmplices desist dentro de 60 dias (o que desejamos ter dividido em três vezes 20 dias, a contar da publicação deste touro nos locais mencionados abaixo) de pregação, tanto expondo seus pontos de vista e denunciar outros, de publicação de livros e panfletos sobre alguns ou todos os seus erros. Furthermore, all writings which contain some or all of his errors are to be burned. Além disso, todos os escritos que contêm alguns ou todos os seus erros são para ser queimado. Furthermore, this Martin is to recant perpetually such errors and views. Além disso, esta Martin é retratar perpetuamente tais erros e pontos de vista. He is to inform us of such recantation through an open document, sealed by two prelates, which we should receive within another sixty days. Ele é informar-nos de tal retratação através de um documento aberto, fechado por dois prelados, que deverá receber dentro de outro 60 dias. Or he should personally, with safe conduct, inform us of his recantation by coming to Rome. Ele deveria ou pessoalmente, com salvo-conduto, nos informar de sua retratação, vindo a Roma. We would prefer this latter way in order that no doubt remain of his sincere obedience. Nós preferimos esta última forma a fim de que, sem dúvida, permanecer de sua obediência sincera.

If, however, this Martin, his supporters, adherents and accomplices, much to our regret, should stubbornly not comply with the mentioned stipulations within the mentioned period, we shall, following the teaching of the holy Apostle Paul, who teaches us to avoid a heretic after having admonished him for a first and a second time, condemn this Martin, his supporters, adherents and accomplices as barren vines which are not in Christ, preaching an offensive doctrine contrary to the Christian faith and offend the divine majesty, to the damage and shame of the entire Christian Church, and diminish the keys of the Church as stubborn and public heretics .}* .      Se, no entanto, este Martin, os seus apoiantes, adeptos e cúmplices, tanto para nosso pesar, não deve teimosamente cumprimento das disposições mencionadas no período mencionado, vamos, seguindo o ensinamento do Santo Apóstolo Paulo, que nos ensina a evitar herege, depois de ter admoestou-o por uma primeira e uma segunda vez, condenar este Martin, os seus apoiantes, adeptos e cúmplices como vinha estéril que não estão em Cristo, pregando uma doutrina contrária ofensivo para a fé cristã e ofendem a majestade divina, o dano e vergonha de toda a Igreja cristã, e diminuir as chaves da Igreja como heréticos teimoso e público.} *. . . . .

* Webmaster comment: This added text in italics was obtained from a secondary source, translator Hans J. Hillerbrand, ed. * Este texto em itálico foi obtido a partir de uma fonte secundária, tradutor Hans J. Hillerbrand, ed. "The Reformation in its own Words" (London: SCM Press Ltd., 1964), pp80-84 "A Reforma em suas próprias palavras" (Londres: SCM Press Ltd., 1964), PP80-84



A excomunhão




     A 15 de junho de 1520, o Papa advertiu Lutero, com a bula "Exsurge Domine", onde o ameaçava com a excomunhão, a menos que, num prazo de sessenta dias, repudiasse 41 pontos de sua doutrina, destacados pela Igreja..

     Em outubro de 1520, Lutero enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa:



"Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus".



     Enquanto isso, um rumor chegara de que Johan Ech saíra de Meissem com uma proibição papal, enquanto este se pronunciara realmente a 21 de setembro. O último esforço de paz de Lutero foi seguido, em 12 de dezembro, da queima da bula, que já tinha expirado há 120 dias, e o decreto papa de Wittenberg, defendendo-se com seus "Warum des Papstes und seiner Jünger Bücher verbrannt sind" e "Assertio omnium articulorum". O Papa Leão X excomungou Lutero a 3 de janeiro de 1521, na bula "Decet Romanum Pontificem".

     A execução da proibição, com efeito, foi evitada pela relação do Papa com Frederico III da Saxônia, e pelo novo imperador, Carlos I de Espanha (Carlos V de Habsburgo), que julgou inoportuno apoiar as medidas contra Lutero, diante de sua posição face à Dieta.



Processo Romano




Martinho Lutero e o Cardeal Caetano, em 1557

     Em Junho de 1518, foi aberto o processo contra Lutero, com base na publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em heresia. Nas aulas que ministrava na Universidade de Wittenberg, espiões registravam seus comentários negativos sobre a excomunhão. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória. Lutero foi convidado a ir a Roma, onde teria que desmentir sua doutrina.

     Lutero recusou-se a fazê-lo, alegando razões de saúde; e pretendeu uma audiência em território alemão. O seu pedido baseava-se no argumento (Gravamina) da Nação Alemã. Seu pedido foi aceito, ele foi convidado para uma audiência com o cardeal Caetano de Vio (Tomás Caetano), durante a reunião das cortes (Reichstag) imperiais de Augsburg. Entre 12 e 14 de outubro de 1518, Lutero falou a Caetano. Este pediu-lhe que revogasse sua doutrina. Lutero recusou-se a fazê-lo.

     Do lado romano, o caso pareceu terminado. Por causa da morte de Imperador Maximiliano I (Janeiro de 1519), houve uma pausa de dois anos no andamento do processo. O Imperador tinha decidido que o seu sucessor seria Carlos (futuro Carlos V). Por causa das pertenças de Carlos em Itália, o papa renascentista Leão X receava o cerco do Estado da Igreja e procurava evitar que os príncipes-eleitores alemães (Kurfürsten) renunciassem a Carlos.

     O papel de protetor de Lutero assumido por Frederico, o sábio, levou a que Roma pedisse que Karl von Miltiz intercedesse junto ao príncipe por uma solução razoável. Após a escolha de Carlos V como imperador (26 de junho de 1519), o processo de Lutero voltaria a ser alvo de preocupações e trabalhos.




     Em junho de 1520, reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem" excomungou Lutero. Seguiu-se, então, a ameaça oficial do imperador (Reichsacht).

     Notável é, no entanto, que Lutero foi, mais uma vez, recebido em audiência, o que também deixou claras as diferenças entre o papado e o império. Carlos foi o último rei (após uma reconciliação) a ser coroado imperador pelo papa. Nos dias 17 e 18 de Abril de 1521 Lutero foi ouvido na Dieta de Worms (conferência governativa) e, após ter negado a revogação da sua doutrina, foi publicado o Édito de Worms, banindo Lutero



95 Teses


As 95 Teses de Lutero
Criado
Local
Autores
Signatários
Dr. Martinho Lutero
Propósito
Iniciar uma discussão sobre as doutrinas católicas.

     A "Disputação do Doutor Martinho Lutero sobre o Poder e Eficácia das Indulgências", conhecida como as 95 Teses, desafiou os ensinamentos da Igreja na natureza da penitência, a autoridade do papa e da utilidade das indulgências. As 95 teses impulsionaram o debate teológico que acabou por resultar no nascimento das tradições luteranas, reformadas e anabaptistas dentro do cristianismo. Este documento é considerado por muitos como um marco da Reforma Protestante.

     A acção de Lutero foi em grande parte uma resposta à venda de indulgências por João Tetzel, um frade dominicano, delegado do Arcebispo de Mainz e do papa. O objectivo desta campanha de angariação de fundos foi o financiamento da Basílica de S. Pedro em Roma "[1]

.      Mesmo apesar de o príncipe-eleitor (soberano) de Lutero, Frederico, o Sábio, e o príncipe do território vizinho, o duque Georg da Saxónia, terem proibido a venda de indulgências em seu território, muitas pessoas viajaram para as poder adquirir. Quando estas pessoas vieram confessar-se, apresentaram a indulgência, afirmando que não mais necessitavam de penitenciar pelos seus pecados, uma vez que o documento as perdoava de todos os pecados.

     Lutero afixou as 95 teses na porta da igreja castelo em Wittenberg, Alemanha, a 31 de Outubro de 1517. Alguns académicos questionaram a veracidade desta noção, notando que não existem relatos de contemporâneos para ela. Outros afirmaram que não houve necessidade de tais relatos pois esta acção era nos dias de Lutero o modo comum de anunciar eventos nas universidades do tempo. As portas de igrejas funcionavam na altura como os placares informativos funcionam hoje nos campus universitários. Outros ainda sugeriram que as 95 teses podem muito bem ter sido afixadas em Novembro de 1517. A maioria é unânime pelo menos em que Lutero terá remetido estas teses por correio ao Arcebispo de Mainz, ao papa, a amigos e a outras universidades nessa data, enquanto historiadores como Gottfried Fitzer, Erwin Iserloh e Klemens Houselmann contestaram essa versão e disseram que não houve de fato a fixação das 95 teses em Wittemberg. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu a notícia da afixação das teses. Escreveu apenas: "No ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg, sobre o EIba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porém modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém". Assim, alguns concluem que não houve esse evento.


As 95 Teses de Martinho Lutero [2][3]




A Igreja do Castelo, onde Lutero pregou suas 95 Teses.

     Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, façam-no por escrito.

Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.

1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).

3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.

7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.

15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.

18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.

20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa[1], pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?

30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.

34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.

36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.

37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina[2].

39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.[3]

40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.[4]

41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.[5]

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.[6]

44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.

58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.

61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.[7]

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.

65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.

68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.

75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.

77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.

79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.

80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.

81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.

82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?

83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?

85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?

88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!

93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz![8]

94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.

95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

[1517 A.D.]

Notas Finais


  • [1] Lutero refere-se à caixa de coleta de rendas oriundas da venda de “cartas de indulgência”. (Vide Tese 36)

  • [2] Observa neste trecho o quanto a postura de Lutero não é cismática, mas reformadora, pois reconhecia, pelo menos em 1517, o papel do Papa como intercessor.(Vide Teses 61, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 83, 84, 87, 89, 90, 91)

  • [3] No século XVII, Gregório da Mattos Guerra(1633-1696) voltaria, com sarcasmos, a este tema em seu poema-missiva “A Jesus Cristo Nosso Senhor”: Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado./Da vossa clemência me despido,/porque, quanto mais tenho delinqüido,/vos tenho a perdoar mais empenhado./…/Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada./ Cobrai-a e não queirais, pastor divino,/perder na vossa ovelha a vossa glória. (MATOS, Gregório de. Poemas Escolhidos. São Paulo, Cultrix, 1976. p. 297).(Vide Teses 44, 49, 67, 76, 84, 93)

  • [4] Lutero é marcadamente agostiniano e, por isso, insiste no valor pedagógico do castigo, na utilidade do sofrimento, no recurso necessário aos métodos repressivos – tanto em matéria de fé quanto de política.(Vide Teses 94, 95)

  • [5] Em 1525, Lutero afirmaria abertamente que condenada estaria toda a obra que não nascesse do amor, no sentido da “charitas” de Cristo, o que significava que a “obra” concebida como “cálculo de indulgência” não teria o menor efeito, mesmo porque não caberia ao homem julgar a fé de outrem, pois somente Deus conheceria o que se passava no coração dos homens. O efeito disso, diferentemente do tom ainda conciliador de 1517, era tornar a instituição eclesiástica completamente desnecessária para reger o “mundo interior” do cristão.(Vide Teses 47, 48, 49, 51, 52, 53, 55, 57, 58, 65, 66)

  • [6] Esta tese tem dois alvos: em âmbito geral, a elite nobre e não-nobre alemã que desperdiçava recursos em encomendas de missas ou patrocínio de igrejas às custas da miséria ou exação de seus subordinados; em âmbito particular, o Cardeal Alberto de Brandeburgo(1490-1545). Para ter sua confirmação para o Arcebispado de Mayence em 1514, Alberto tinha que conseguir uma soma considerável e enviá-la para Roma. Para tanto, ele fez um empréstimo e o assentou, com autorização papal, sobre a arrecadação das indulgências vinculadas à construção da Basílica de São Pedro em Roma. Segundo o acordo entre Alberto e o Papado, metade do arrecadado iria para a construção da basílica e a outra metade para Alberto quitar suas dívidas provenientes da investidura no arcebispado. No final das contas, o Papa teria o conjunto das rendas de Brandeburgo vinculadas às indulgências.(Vide Teses 46, 47, 48, 50, 51, 52, 55, 56, 59, 65, 66, 82, 83, 85, 86, 88)

  • [7] Vide Tese 38.

  • [8] Com tal imprecação, Lutero espera uma reforma moral da Igreja e seu rebanho, o que significava a interiorização da fé, da contrição e da “charitas”.(Supra notas “3” e “5”)