lunes, 27 de junio de 2011

Bíblia

Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro")[1][2] é o texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo,[3][4][5] onde a interpretação religiosa do motivo da existência do homem na Terra sob a perspectiva judeia é narrada por humanos (mas considerada pela Igreja como divinamente inspirada).[2]
Segundo esta, o homem foi criado por Deus a partir do barro, após os céus e a terra,[6] há seis mil anos, [7] e ganhou a vida após Deus soprar o fôlego da vida em suas narinas.[6][8]
É o livro mais vendido de todos os tempos[9] com mais de 6 bilhões de cópias em todo o mundo, uma quantidade 7 vezes maior que o número de cópias do 2º colocado da Lista dos 21 Livros Mais Vendidos, O Livro Vermelho[10]


Os idiomas originais
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico.[carece de fontes?] Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com exceção dos livros chamados deuterocanônicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico.[carece de fontes?] Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento.[carece de fontes?] Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.[carece de fontes?]
O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual.[carece de fontes?] Alguns livros encontram-se em hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), outros em um hebraico mais rudimentar e outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, em um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas.[carece de fontes?] O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", em oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.[carece de fontes?]
A primeira tradução latina da Bíblia foi a Vetus Latina, baseada na Septuaginta, e, portanto, contendo livros não incluídos na Bíblia hebraica.[carece de fontes?] O Papa Dâmaso I montaria a primeira lista de livros da Bíblia, no Concílio de Roma em 382 d.C.[carece de fontes?] Ele pediu a São Jerónimo que produzisse um texto confiável e consistente, traduzindo os textos originais em grego e hebraico para o latim.[carece de fontes?] Esta tradução ficou conhecida como a Bíblia Vulgata Latina, antes disso havia grande confusão e divergência sobre os textos bíblicos a serem aceitos pelos cristãos e, em 1546, o Concílio de Trento a declarou como a única Bíblia autêntica e oficial no rito latino da Igreja Católica.[carece de fontes?]
Inspirado por Deus
O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus" [literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16). O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos escritos de Paulo a mesma autoridade do Antigo Testamento: "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15-16.
Os cristãos creem que a Bíblia foi escrita por homens sob inspiração divina.[2] A dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que "Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara repetidamente o renomado teólogo presbiteriano e filósofo, o Pastor Francis Schaeffer, dando a entender que a Bíblia constitui uma carta de Deus para os homens.[nota 1] Para os cristãos, o Espírito Santo de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus seria o verdadeiro autor da Bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da Bíblia determinará o seu destino eterno.[nota 2]
Interpretação
Os assuntos narrados na Bíblia são geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos. Apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, algumas descobertas científicas recentes comprovam que alguns dos fatos aconteceram de alguma forma.[11]
Um século atrás, a maioria dos estadunidenses bem instruídos conheciam a Bíblia a fundo.[12] Atualmente, o desconhecimento bíblico é praticamente total entre pessoas não-religiosas.[12] Mesmo entre os fiéis, a leitura da Bília é irregular: A Igreja Católica inclui somente uma pequena parcela do Velho Testamento nas leituras oficiais; os judeus estudam bastante os cinco primeiros livros da Bíblia, mas não se importam muito com o restante; os judeus ortodoxos normalmente passam mais tempo lendo o Talmude ou outra coisa que a Bíblia em si.[12] Somente os protestantes evangélicos lêem a Bíblia obsessivamente.[12] Há muitas passagens difíceis, respulsivas, confusas e entediantes.[12]
A inacessibilidade da Bíblia entre a Antiguidade e a Idade Média resultou na criação de diversas narrativas sobre os personagens cristãos, criando acréscimos e distorções.[13] A Igreja Católica não permitia que seus fiéis possuíssem exemplares da Bíblia, alegando que estes não teriam nunca a capacidade necessária para interpretá-la, devido à sua complexidade. [14] Assim, afirmava que a responsabilidade de ensinar as orientações de Deus era exclusivamente sua.[14]
Os conflitos entre ciência e religião foram, em parte, ajudados pela interpretação literal da Bíblia.[15] Esta não deve ser interpretada como um relato preciso da história da humanidade ou uma descrição perfeita da natureza.[15] Galileu Galilei considerava que a Bíblia deveria ser interpretada a partir do estudo da natureza. [16] Os escravocratas basearam-se na parte da Bíblia que conta sobre Noé ter condenado seu filho e seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão.[17]
Martinho Lutero considerava que o amor de Cristo era alcançável gratuitamente por meio da Bíblia.[14]
As Testemunhas de Jeová consideram 66 livros como componentes da Bíblia, interpretando-a de forma literal exceto quando o texto evidencia estar em sentido figurado.[18] Chamam o Novo Testamento de Escrituras Gregas Cristãs e o Velho Testamento de Escrituras Hebraicas.[18] Para o espiritismo a Bíblia é uma das várias referências de compreensão do mundo espiritual (não é a principal).[19]
A Bíblia gera uma grande polêmica por condenar o ato homossexual, gerando revolta nos homossexuais.[20]
Nos Estados Unidos, o único presidente que não fez o juramento de posse com a mão em uma Bíblia foi Theodore Roosevelt, de acordo com os registros oficiais do Architect of the Capitol.[21] John Quincy Adams, em sua posse, de acordo com cartas escritas pelo mesmo, colocou a mão em um volume de direito constitucional ao invés da Bíblia para indicar a quem pertencia sua lealdade.[21] Não há registros para presidentes anteriores a John Tyler.[21]
Sua estrutura interna
A Bíblia não era dividida em capítulos até 1227 d.C, quando o professor Sthepen Langton os criou, e não apresentava versículos até ser assim dividida em 1551 por Robert Stephanus[2]
Origem do termo "Testamento"
Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.
A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, convênio, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo 24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26:28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova (2 Coríntios 3:6-14).

Livros do Antigo Testamento
O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7 conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou no Tanakh judaico.
Textos Deuterocanônicos
Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "apócrifos" pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista, "A lei e os profetas duraram até João"(cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).
Textos Deuterocanônicos
Através dos séculos, desde o começo da era cristã, e inclusive em alguns contextos, como na Reforma Protestante do século XVI, os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas protestantes decidiram rejeitar todos os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar todos os textos deuterocanônicos do Novo Testamento.
Versões e traduções bíblicas
Livro do Gênesis, Bíblia em Tamil de 1723.

As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados[nota 3]. Inclusive protestantes entre protestantes[nota 3].
A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico[22].Os livros de Livro de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus e II Macabeus e as chamadas Adições em Ester e Adições em Daniel) são considerados "deuterocanônicos" (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica[23]. Além disso, existem 27 livros no Novo Testamento[22].
As igrejas cristãs ortodoxas e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).[nota 4]
Roger Bacon provou que vários textos da Bíblia haviam sido adulterados.[24]
Uma cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congresso norte-americano

Eusébio Sofrônio Jerônimo (conhecido como São Jerônimo pelos católicos) traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim, criando a Vulgata.[25][14] No Concílio de Trento em 1542, essa versão traduzida foi estabelecida como versão oficial da Bíblia para a Igreja Católica.[26][14] Em meados do século XIV o teólogo John Wyclif realizou a tradução da Bíblia para o inglês.[27] Após a Reforma Protestante a Bíblia recebeu traduções para diversas línguas e passou a ser distribuída sem restrições para as pessoas.[28]
Martinho Lutero traduz a Bíblia para a língua alemã [29] enquanto estava escondido em Wittenberg do Papa Leão X, que queria fazer um "julgamento" após a publicação das 95 Teses.[14]
A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético[30]. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados massoretas, que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o texto massorético (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original[30].
No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos que eram uma comunidade étnica e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX)[31].
A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, versão que continha os Deuterocanônicos, e a que é de maior citação do Novo Testamento, mais do que o Texto Massorético.[32][33].
A Igreja Católica considera como oficiais 73 livros bíblicos (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo), sendo 7 livros a mais no Velho Testamento do que das demais religiões cristãs e pelo Judaísmo.[2]
A primeira versão portuguesa da Bíblia surgiu apenas em 1748, a partir da Vulgata Latina.[2] De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas e dialectos. [34]
Notas
  1. Este é o título do livro mais famoso de Schaeffer, como pode ser visto aqui
  2. Veja o artigo Inspiração (teologia) e as fontes lá citadas para uma discussão mais aprofundada.
  3. a b Veja por exemplo em "Canon of the New Testament" na edição de 1913 da Catholic Encyclopedia (em inglês)., uma publicação agora em domínio público.. Para uma discussão mais aprofundada, veja o artigo Cânon bíblico
  4. Veja por exemplo, Taylor, Larry A. [The Canon of the Bible The Canon of the Bible] (em inglês). [S.l.: s.n.], 1999.. O artigo «Biblical canon» na Wikipédia em inglês da Wikipedia em inglês contém uma tabela com as diferenças entre as diversas denominações cristãs.
Referências
  1. Rainer Sousa. Bíblia. Mundo educação. Página visitada em 31 de março de 2011. "Em seu significado original, o termo bíblia vem da palavra grega “biblos” que significa “papel, livro, papiro” e pode ser utilizado para todo e qualquer conjunto de textos sagrados que contém os ensinamentos fundamentais de qualquer tipo de religião. Entretanto, o uso desse termo acabou sendo também utilizado para se nomear o principal livro adotado pelas religiões cristã e judaica. Contendo sessenta e seis livros, a Bíblia é tida como uma das publicações mais vendidas ao redor do mundo."
  2. a b c d e f Bíblia. Infoescola (26 de fevereiro de 2008). Página visitada em 15 de abril de 2011. "A Bíblia é um dos livros sagrados da Humanidade, a interpretação religiosa da jornada humana pela Terra, do ponto de vista do povo judeu, narrada pelo próprio Homem, mas segundo a Igreja inspirada diretamente por Deus. [...] Ela deriva do grego Bíblos ou bíblion, significando ‘rolo’ ou ‘livro’. [...] A palavra ‘Bíblia’ foi adotada pelo Cristianismo a partir do ano 200 d.C. [...] A Igreja Católica Apostólica Romana determinou como oficiais 73 livros bíblicos, 46 integrantes do Antigo Testamento e 27 do Novo. A Bíblia Católica tem sete livros a mais no Velho Testamento do que as versões adotadas por outras religiões cristãs e pelo Judaísmo [...] Originalmente a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. Os capítulos foram criados pelo Professor Stephen Langton, em 1227 d.C [...]. Em 1551 Robert Stephanus percebeu que era fundamental implementar subdivisões nesta obra, e assim elaborou os versículos. [...] Somente em 1748 d.C. surgiu uma edição bíblica na língua portuguesa, a partir da Vulgata Latina."
  3. Rainer Sousa. Hebreus. Brasil Escola. Página visitada em 30 de março de 2011. "Uma das maiores fontes de estudo da trajetória do povo hebreu se encontra na Bíblia, principalmente na parte do conhecido Velho Testamento. Nesse livro, hoje de valor sagrado para o Cristianismo, podemos ver alguns traços da história e da cultura desse povo."
  4. Tiago Dantas. Cristianismo. Brasil escola. Página visitada em 31 de março de 2011. "O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento. A primeira parte conta a história da criação do mundo, das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de Jesus, como os cristãos primitivos viviam, etc."
  5. Mundo educação. Dia Mundial da Religião. Página visitada em 31 de março de 2011. "Com o cristianismo, a igreja se dividiu em três vertentes [...]. Seu livro sagrado é a bíblia, e traz como forma de vida os ensinamentos do filho do Messias, Jesus Cristo."
  6. a b Rainer Souza. Criacionismo. Brasil Escola. Página visitada em 31 de março de 2011. "O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas."
  7. James Hutton, avô da seleção natural. Ciência Hoje (13 de novembro de 2003). Página visitada em 21 de maio de 2011. "Segundo ele, a composição das rochas do planeta é uma das muitas provas de que ele foi formado bem antes do que relata a Bíblia (somente 6 mil anos)."
  8. Evolução e religião. Ciência Hoje (8 de outubro de 2009). Página visitada em 29 de maio de 2011. "Apenas algumas denominações protestantes fundamentalistas fazem uma interpretação literal estrita, criacionista, do livro do Gênesis na Bíblia que os leva a rejeitar em princípio a evolução biológica. Para eles a Terra (e todo o universo) tem menos de 10 mil anos (danem-se os dinossauros e toda a evidência fóssil) e Deus criou o homem diretamente! No seu livro Os anais do velho testamento, publicado em 1650, o bispo inglês James Ussher calculou que Deus criou o universo na véspera do dia 23 de outubro de 4004 a.C. Até o final dos anos 1970 todas as Bíblias colocadas em quartos de hotel nos Estados Unidos pela Gideon Society continham essa estimativa, que também fez parte da arguição a que Clarence Darrow submeteu William Jennings Bryan no famoso julgamento de Scopes, no Tennessee, em 1926."
  9. Ler ou não ler?. Ciência Hoje (1 de fevereiro de 2006). Página visitada em 18 de maio de 2011. "Uma pesquisa sobre os livros mais vendidos de todos os tempos revela unanimidade apenas nos dois primeiros lugares. Na cabeça da lista vem a Bíblia [...]."
  10. Editores da Publications International Ltd (2007). 21 livros mais vendidos de todos os tempos. Como tudo funciona. Página visitada em 29 de março de 2011.
  11. David Van Biema; Time, CNN (21 de julho de 2007). A Boost for the Book of Jeremiah (em inglês). Página visitada em 29 de março de 2011. "By confirming the historical accuracy of a tiny detail, a two-inch clay tablet long in the possession of the British Museum has given ammunition to those who believe that the Bible — specifically, in this case, the book of the prophet Jeremiah — is history."
  12. a b c d e Good Book (em inglês). Slate (3 de março de 2009). Página visitada em 7 de junho de 2011. "A century ago, most well-educated Americans knew the Bible deeply. Today, biblical illiteracy is practically universal among nonreligious people. [...] Even among the faithful, Bible reading is erratic. The Catholic Church, for example, includes only a teeny fraction of the Old Testament in its official readings. Jews study the first five books of the Bible pretty well but shortchange the rest of it. Orthodox Jews generally spend more time on the Talmud and other commentary than on the Bible itself. Of the major Jewish and Christian groups, only evangelical Protestants read the whole Bible obsessively. [...] Maybe it doesn't make sense for most of us to read the whole Bible. After all, there are so many difficult, repellent, confusing, and boring passages."
  13. Rainer Sousa. Onde Judas perdeu as botas. Brasil Escola. Página visitada em 30 de março de 2011. "Entre a Antiguidade e a Idade Média, por exemplo, a inacessibilidade aos textos bíblicos foi responsável pela criação de várias narrativas envolvendo os personagens cristãos. Os feitos e destinos de certos nomes presentes na Bíblia ganhavam acréscimos e certas distorções que salientavam a forte presença do cristianismo no imaginário dessa época. Levando em conta que boa parte da população era iletrada, ficava difícil de impor um rigor de verdade entre as várias histórias de cunho bíblico."
  14. a b c d e f Lutero. HistoriaNet (22 de abril de 2005). Página visitada em 7 de junho de 2011. "Martin Lutero alegava ainda, que somente o amor de Cristo era capaz de providenciar paz de espírito, o alcance deste amor era oferecido por meio da Bíblia, gratuitamente. [...] A Igreja Católica centralizava seu poder sobre os fieis privando-os de possuírem um exemplar da bíblia, sob alegação que jamais poderiam entendê-la, devido a sua complexidade. Diziam ainda que o papel de ensinar as orientações de Deus era uma responsabilidade exclusiva da Igreja Católica, "comandada" pelo Papa."
  15. a b É possível a convivência pacífica entre ciência e religião?. Ciência Hoje (10 de janeiro de 2003). Página visitada em 18 de maio de 2011. "A interpretação literal da Bíblia também ajudou a criar os conflitos entre ciência e religião. A crença de que um deus criou a Terra para nos abrigar e todas as outras espécies para nos servir pode ser muito alentadora, embora contrarie consensos científicos que poucos ousam desafiar. Mas a Bíblia, inspirada em tantas fontes diferentes, não pode ser entendida como um relato preciso da história humana ou uma descrição perfeita da natureza, apesar de estar repleta de verdades morais valiosas e incontestáveis."
  16. Com os pés na terra e os olhos no céu. Ciência Hoje (27 de outubro de 2009). Página visitada em 18 de maio de 2011. "Para o astrônomo e filósofo, as escrituras deveriam ser interpretadas a partir do estudo da natureza."
  17. O DNA do racismo. Ciência Hoje (11 de julho de 2008). Página visitada em 18 de maio de 201. "Mas a conciliação do inconciliável precisava ser racionalizada com argumentos da própria religião. Isso envolveu duas vertentes principais. A primeira consistiu em substituir a ênfase da unidade da humanidade a partir da Adão e Eva por uma divisão tricotômica baseada nos filhos de Noé: Cam, Sem e Jafé. Segundo o livro do Gênese na Bíblia, Cam viu Noé nu e bêbado e contou para seus irmãos, zombando do pai. Ao saber disso, Noé amaldiçoou Cam e o condenou, assim como toda a sua descendência, à servidão. Os escravocratas avidamente adotaram uma identificação dos africanos com os descendentes de Cam, uma cômoda justificativa religiosa para a escravidão, embora na própria Bíblia não haja nenhuma referência à cor de Cam ou qualquer descrição de seus descendentes."
  18. a b Patrícia Lopes. Testemunhas de Jeová. Brasil escola. Página visitada em 31 de março de 2011. "As Testemunhas de Jeová acreditam que a Bíblia é a palavra de Deus, tendo-a como base para suas crenças. O Novo Testamento é chamado de Escrituras Gregas Cristãs e o Velho Testamento, de Escrituras Hebraicas. Consideram os 66 livros que compõem a Bíblia, interpretando-a de forma literal, salvo quando as expressões ou o contexto revelam que o sentido é figurado ou simbólico."
  19. Rainer Sousa. Espiritismo. Brasil Escola. Página visitada em 5 de abril de 2011. "Abrindo portas para a doutrina cristã, o espiritismo tem um elo relativo com o texto bíblico e os evangelhos. Sem ocupar a posição fundamental da obra de Kardec, a Bíblia é utilizada como uma das várias referências de compreensão do mundo espiritual. Concomitantemente, a vida de Jesus Cristo é considerada um modelo de evolução espiritual também obtido na história de vida de outros indivíduos iluminados."
  20. Gabriela Cabral. Homofobia. Brasil Escola. Página visitada em 5 de abril de 2011. "Há uma grande polêmica entre homossexualidade e religião, pois a Bíblia (livro utilizado pelo cristianismo) condena o ato homossexual e isso gera grande revolta nos homossexuais."
  21. a b c Why Doesn't Every President Use the Lincoln Bible? (em inglês). Slate (19 de janeiro de 2009). Página visitada em 19 de junho de 2011. "According to official records kept by the Architect of the Capitol, Teddy Roosevelt is the only president who wasn't sworn in using a Bible; he took a rushed oath of office in 1901 following the assassination of William McKinley. [...] John Quincy Adams, according to his own letters, placed his hand on a constitutional law volume rather than a Bible to indicate where his fealty lay. [...] There are no known inauguration Bibles for presidents John Adams through John Tyler; in fact, there's no concrete evidence that those early presidents used a Bible at all for the oath."
  22. a b Cânone Católico (em inglês). Catholic Culture. Página visitada em 16/04/2011.
  23. "Canon of the Old Testament" na edição de 1913 da Catholic Encyclopedia (em inglês)., uma publicação agora em domínio público.
  24. Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Campina Grande. Roger Bacon. Brasil escola. Página visitada em 6 de abril de 2011. "Provou ainda que vários textos da Bíblia estavam adulterados e muitas traduções de Aristóteles erradas (1251)."
  25. A Igreja na Idade Média. Historianet. Página visitada em 30 de março de 2011. "Eusébio Jerônimo, dálmata, conhecido como São Jerônimo que traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim. Esta versão é a célebre Vulgata, cuja autenticidade foi declara pelo Concílio de Trento."
  26. Reforma Protestante - Contra-reforma. Brasil escola. Página visitada em 31 de março de 2011. "Em 1542, o Concílio de Trento, uma reunião dos principais líderes da Igreja organizada pelo papa Paulo III, [...] . No Concílio de Trento estabeleceu-se [...] . Além disso, a Vulgata foi estabelecida como versão oficial da Bíblia Sagrada, [...]."
  27. Reforma Protestante - Anglicanismo. Brasil escola. Página visitada em 31 de março de 2011. "Desde meados do século XIV, o teólogo John Wyclif realizou duras críticas ao poder material da Igreja e fez a tradução da Bíblia para o inglês."
  28. Protestantismo. Brasil escola. Página visitada em 31 de março de 2011. "Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida para diversas línguas e distribuída sem restrições para as pessoas."
  29. Reforma Religiosa. HistoriaNet. Página visitada em 5 de junho de 2011. "Lutero foi excomungado em 1520. Ele queima publicamente a carta do papa (Bula papal), traduz a Bíblia para o Alemão, [...]."
  30. a b Nahum M. Sarna and S. David Sperling (2006), Text, in Bible, Encyclopaedia Judaica 2nd ed.; via Jewish Virtual Library
  31. Jewish Encyclopedia: Samaritans: Samaritan Version on the Pentateuch
  32. Karen H. Jobes e Moises Silva. Invitation to the Septuagint (em inglês). [S.l.]: Paternoster Press, 2001. ISBN 1-84227-061-3
  33. Life after death: a history of the afterlife in the religions of the West, Alan F. Segal, p.363 (em inglês)
  34. Sumário estatístico de idiomas com traduções das Escrituras (em inglês). Sociedades Bíblicas Unidas. Página visitada em 27 de março de 2009.
Bibliografia
  • LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS, 2007.
  • PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.
  • ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.

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