Aramaico (ארמית Arāmît, ܐܪܡܝܐ Ārāmāyâ) | |
Pronúncia: | /arɑmiθ/, /arɑmit/, /ɑrɑmɑjɑ/, /ɔrɔmɔjɔ/ |
Falado em: | Arménia, Azerbeijão, Índia (sob Ashoka o Grande), Irão, Iraque; Israel; Territórios palestinianos; Geórgia; Líbano; Rússia; Síria; Turquia. |
Região: | |
Total de falantes: | ~445,000 |
aramaica | |
Códigos de língua | |
ISO 639-1: | nenhuma |
ISO 639-2: | arc |
SIL: | ABV |
Aramaico é a designação que recebem os diferentes dialetos de um idioma com alfabeto próprio e com uma história de mais de três mil anos, utilizado por povos que habitavam o Oriente Médio. Foi a língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Daniel e Esdras, assim como do Talmude.
Pertencendo à família de línguas afro-asiáticas, é classificada no subgrupo das línguas semíticas, à qual também pertencem o árabe e o hebraico.
O aramaico foi, possivelmente, a língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria; e sua longevidade se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco, capital da Síria, entre elas reconhecidamente os vilarejos de Maalula e Yabrud, esse último "onde Jesus Cristo hospedou-se por 3 dias" além dessas outras aldeias da Mesopotâmia reconhecidamente católicas por onde Cristo passou, como Tur'Abdin ao sul da Turquia, fizeram com que o aramaico chegasse intacto até os dias de hoje.
No início do século passado, devido a perseguições políticas e religiosas, milhares desses cristãos fugiram para o ocidente onde ainda hoje restam poucas centenas, vivendo nos Estados Unidos da América, na Europa e na América do Sul e que curiosamente falam e escrevem fluentemente o idioma falado por Jesus Cristo.
Índice
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Distribuição geográfica
Durante o século XII a.C., os arameus, os originais falantes do aramaico, começaram a se estabelecer em grande número nas regiões onde atualmente situam-se a Síria, o Iraque e a Turquia oriental. Adquirindo importância, passou a ser falado por toda a costa Mediterrânea do Levante. A partir do século VII, o aramaico, que era utilizado como língua franca no Oriente Médio foi substituído pela Língua árabe. Entretanto, o aramaico continua sendo usado, literária e liturgicamente, entre os judeus e alguns cristãos. Guerras e dissenções políticas nos dois últimos séculos ocasionaram a dispersão de inúmeros indivíduos que se utilizam do aramaico como língua materna pelo mundo.
Datas importantes
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A história do aramaico pode ser dividida em três períodos:
- Arcaico 1100 a.C.–200 D.C.), incluindo:
- O aramaico bíblico, do hebraico.
- O aramaico de Jesus.
- O aramaico dos Targum.
- Aramaico Médio (200–1200), incluindo:
- Aramaico moderno (1200–presente)
Targum do século XI da Bíblia Hebraica
O aramaico nabateu é a língua do reino árabe de Petra. O reino (c. 200 a.C. – 106 d.C.) compreendia a área entre a margem leste do rio Jordão, a península do Sinai e o norte da Arábia. Talvez por causa da importância do comércio das caravanas, os nabateus começaram a preferir a usar o aramaico ao árabe setentrional antigo. O dialeto é baseado no aquemênida, com um pouco de influência do árabe: o 'l' freqüentemente se transforma em 'n' e há algumas poucas palavras tomadas do Árabe. Algumas inscrições Aramaicas Nabateanas existem dos dias mais antigos desse reino, mas a maioria é dos primeiros quatro séculos d.C. A língua é grafada em escrita cursiva, que é a precursora do Alfabeto Árabe moderno. O número de palavras emprestadas do árabe aumentou através dos séculos, até que, no século IV, o Nabateano se fundiu definitivamente com o Árabe.
O aramaico palmireno é o dialeto que se usava na cidade de Palmira no Deserto Sírio, de 44 a.C. até 274 d.C. Era grafada em escrita arredondada, que mais tarde originou a escrita cursiva. Como o Nabateano, o Palmireno foi influenciado pelo Árabe, mas em um grau menor.
O aramaico arsácida era a língua oficial do Império Parto (247 a.C.–224d.C.). Ela, mais que qualquer outro dialeto pós-Aquemênido, continua a tradição de Dario I. Naquele tempo, no entanto, ela ficou sob a influência do aramaico contemporâneo falado, do georgiano, do persa. Após a conquista dos partos sobre os sassânidas, que falavam o persa, os arsácidas externaram uma influência considerável sobre a nova língua oficial.
O aramaico recente do Oriente Antigo
Os dialetos mencionados na última seção descenderam todos do Aramaico Imperial Aquemênido. Contudo, os diversos dialetos regionais do Aramaico Antigo mais recente continuaram junto com essas, freqüentemente como simples línguas faladas. Evidências antigas dessas línguas faladas só são conhecidas por suas influências em palavras e nomes num dialeto mais padrão. Porém, esses dialetos regionais se tornaram línguas escritas no século II a.C. Os mesmos refletem um tipo de Aramaico que não depende o Aramaico Imperial e mostra uma divisão clara entre as regiões da Mesopotâmia, Babilônia e o leste, e Palestina e oeste.
No leste, os dialetos do aramaico palmireno e arsácida se uniram com línguas regionais para criar línguas com um pé no Imperial e um pé no Aramaico. Muito mais tarde, o Arsácido se tornou a linguagem litúrgica da religião mandeísta, a língua mandéia.
No reino de Osroena, centrado em Edessa e fundado em 132 a.C., o dialeto regional se tornou a língua oficial: o antigo siríaco, na margem superior do rio Tigre, o aramaico mesopotâmico oriental floresceu, com evidências em Hatra, Assur e Tur Abdin. Tatian, o autor do evangelho harmônico Diatessaron veio da Assíria e talvez tenha escrito seu trabalho (172 a.C.) no dialeto mesopotâmico oriental, em vez de siríaco ou grego. Na Babilônia, o dialeto regional foi usado pela comunidade judaica, o Velho Judeu Babilônico (c. 70a.C.). Essa língua do cotidiano cresceu sob a influência do Aramaico Bíblico e do Targúmico Babilônico.
O aramaico antigo ocidental recente
Os dialetos regionais do oeste de Aramaico seguiram um curso similar àqueles do leste. Eles são muito diferentes dos dialetos do leste e do Aramaico Imperial. As línguas semitas da Palestina rumaram ao Aramaico durante o século IV a.C. A língua fenícia, contudo, seguiu até o século I a.C.
A forma do aramaico antigo ocidental recente usado pela comunidade judaica é mais bem atestada e geralmente chamada de antigo palestino judaico. Sua forma mais antiga é o antigo jordaniano oriental, que provavelmente vem da região da cidade de Cesaréia de Filipo. Essa é a língua do manuscrito mais antigo de Enoque, da Bíblia (c. 170 a.C.). A próxima fase distinta da língua é chamada de Velho Judaico (no segundo século d.C.). Literaturas do Velho Judaico podem ser encontradas em várias inscrições e cartas pessoais, citações preservadas no Talmude e recibos de Qumran. A primeira edição de Guerra Judaica do historiador Josephus foi escrita em Velho Judaico.
O antigo jordaniano oriental continuou a ser usado no primeiro século antes de Cristo pelas comunidades pagãs que viviam ao leste do Jordão. Seu dialeto é freqüentemente chamado, então, de antigo palestino pagão, e era escrito de forma cursiva de certa forma similar ao siríaco antigo. Um dialeto antigo palestino cristão pode ter nascido do pagão, e esse dialeto pode estar por detrás de algumas das tendências do aramaico ocidental encontradas nos evangelhos orientais no siríaco antigo.
O dialeto falado na época de Jesus
Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na época de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligíveis. O Velho Judaico era o dialeto proeminente de Jerusalém e da Judéia. A região de Ein Gedi-Engedi tinha o Judaico do Sudeste. A Samaria tinha seu Aramaico Samaritano distinto, onde as consoantes 'he', 'heth' e '`ayin' todas se tornaram pronunciadas como 'aleph'. O Aramaico Galileu, a língua da região natal de Jesus só é conhecida de alguns poucos lugares, das influências no Targúmico Galileu, de alguma literatura dos rabinos e algumas poucas cartas privadas. Ela parece ter um número de características distintas, como: ditongos nunca são simplificados a "monotongos". A leste do Jordão, os vários dialetos de Jordaniano Oriental eram falados. Na região de Damasco e no Líbano, o Aramaico Damasceno era falado (deduzido na sua maioria do Aramaico Ocidental Moderno. Finalmente, bem ao norte, como em Aleppo, o dialeto do Aramaico de Orontes era falado.
Além desses dialetos de aramaico, o grego era usado extensivamente nos centros urbanos. Há pouca evidência do uso do hebraico durante esse período. Algumas palavras em hebraico continuaram como parte do vocabulário aramaico judeu (em sua maior parte palavras religiosas, mas também algumas do cotidiano, como `ēṣ, árvore) e a língua escrita do Tanakh era lida e entendida pelas classes cultas. Contudo, o Hebraico deixou de ser a língua do dia a dia. Em adição, as várias palavras no contexto Grego do Novo Testamento que não são traduzidas, são claramente Aramaico ao invés de Hebraico. Tirando da pouca evidência que existe, esse aramaico não é o aramaico da Galiléia, mas o antigo aramaico da Judéia. Isso sugere que as palavras de Jesus foram transmitidas no dialeto da Judéia e Jerusalém ao invés do de sua cidade natal.
O filme A Paixão de Cristo (2004) é notável pelo seu uso de diálogos em aramaico especialmente reconstruído por apenas um professor, William Fulco. Contudo, falantes modernos da língua consideraram a linguagem usada pouco familiar.
Aramaico médio
O século III d.C. é tido como o limiar entre o aramaico antigo e o médio. Durante aquele século, a natureza das várias línguas aramaicas começaram a mudar. As descendentes do aramaico imperial deixaram de existir como línguas vivas e as línguas regionais do leste e oeste começaram a formar literaturas novas e vitais. Diferente de muitos dos dialetos do antigo aramaico, muito se sabe do vocabulário e gramática do aramaico médio.
Aramaico médio oriental
Somente dois dos idiomas do aramaico oriental antigo continuaram nesse período. No norte da região, o antigo siríaco evoluiu para o siríaco médio. No sul, o antigo judeo-babilônico se tornou o judeo-babilônico médio. O dialeto pós-aquemênida, arsácida, se tornou o fundo da nova língua mandéia.
Siríaco médio
Manuscrito do século IX escrito no alfabeto siríaco Estrangela, da Homilia sobre o Evangelho de João de John Chrysostom
O siríaco médio é, até hoje, a linguagem clássica, literária e litúrgica dos cristãos siríacos. Sua época de ouro foi do século IV ao século VI d.C.. Esse período começou com a tradução da Bíblia nessa língua: a Peshitta, e a prosa e poesia de Éfrem, o Sírio. O siríaco médio, diferentemente de seu ancestral, é uma língua completamente cristã, embora no tempo ela tenha se tornado a língua daqueles que se opuseram à liderança bizantina da Igreja no leste. A atividade missionária levou a espalhar o siríaco pela Pérsia, até a Índia e China.
O aramaico médio judeo-babilônico
O aramaico médio judeo-babilônico é a língua do Talmude babilônico (que foi completado no século VII). Apesar de ser a principal língua do Talmude, em seu conjunto, vários trabalhos em hebraico (reconstruído) e dialetos mais antigos de aramaico são cuidadosamente dispostos. O aramaico médio judeo-babilônico é também a língua por trás do sistema babilônico de apontamento (marcando as vogais em um texto que seria primordialmente feito somente com consoantes) da Bíblia Hebraica e o seu Targum.
Mandeu
O mandeu é um dialeto muito próximo do aramaico judeo-babilônico,embora linguisticamente e culturalmente diferente. O mandaico clássico é a língua no qual a literatura religiosa dos mandeus foi composta. Caracteriza-se por uma ortografia altamente fonética.
Aramaico do Oriente Médio
Os dialetos do aramaico do Velho Ocidente continuaram com o dialeto judeu da Média Palestina (em hebraico, no alfabeto hebraico dito "de escrita quadrada"), o dialeto aramaico samaritano (no alfabeto fenício, antiga escrita hebraica) e o dialeto cristão-palestino (em siríaco cursivo, no alfabeto siríaco). Destes três, somente o dialeto judeu da Média Palestina continuou como uma língua escrita.
Aramaico judeo-palestino médio
Em 135, depois da revolta de Bar Kokhba, vários líderes judeus, expulsos de Jerusalém, se mudaram para a Galiléia. O dialeto galileano então saiu da obscuridade para se tornar o padrão entre judeus no ocidente. Este dialeto era falado não somente na Galiléia, mas também nos arredores. Constituiu o pano de fundo lingüístico para o Talmude de Jerusalém (completado no século V), do targumim palestino (versões em aramaico das escrituras judaicas) e do midrashim (comentários e ensinamentos bíblicos). O padrão moderno para a pontuação de vogais na Bíblia Hebraica, o sistema Tiberiano do século VII, foi desenvolvido a partir do dialeto Galileano do aramaico judeo-palestino médio. A vocalização do hebraico clássico, portanto, ao representar o hebraico deste período, provavelmente reflete a pronúncia contemporânea deste dialeto aramaico.
O judeiano médio, descendente do judeiano antigo, não é mais o dialeto dominante e foi usado apenas na Judéia do Sul (o dialeto engedi, continuou por todo este período). Da mesma forma, o jordaniano médio-oriental continuou como um dialeto menor do velho jordaniano oriental. As inscrições na sinagoga em Dura-Europos estão tanto em jordaniano médio-oriental quanto em judeano médio.
Aramaico samaritano
O dialeto aramaico da comunidade dos samaritanos foi comprovado anteriormente por uma tradição documentária que pode ser datada do século IV. Sua pronúncia moderna é baseada na forma usada no século X.
Aramaico cristão-palestino
A língua dos cristãos que falavam o aramaico do ocidente é evidenciada como sendo do século VI, mas provavelmente existia desde dois séculos mais cedo. A língua por si vem do velho palestino cristão, mas suas convenções de escrita foram baseadas no antigo siríaco médio e foi fortemente influenciada pelo grego. O nome Jesus, apesar de Yešû` em aramaico, é escrito Yesûs no palestino cristão.
Aramaico moderno
Mais de quatrocentas mil pessoas falam algum dialeto do aramaico moderno (ou neo-aramaico) hoje em dia como língua nativa. São judeus, cristãos, muçulmanos e mandeanos, vivendo em áreas remotas e preservando suas tradições com impressos e agora com mídia eletrônica. As línguas neo-aramaicas estão agora mais distantes em termos de compreensão entre si do que já estiveram antes. Os últimos duzentos anos não foram bons para os falantes do Aramaico; a instabilidade no Oriente Médio levou a uma diáspora mundial de falantes de aramaico. O ano de 1915 é especialmente relevante para os cristãos que falavam aramaico: chamado de Sayfo ou Shaypā (a espada em siríaco), todos os grupos cristãos do leste da Turquia (assírios, armênios e outros) foram submetidos ao genocídio que marcou o fim do Império Otomano. Para os judeus que falavam aramaico, 1950 é um ano da mudança: a fundação do Estado de Israel e a consequente expulsão dos judeus dos países árabes, como o Iraque, levou a maioria dos judeus que falavam aramaico a migrar para lá. Contudo, a mudança para Israel levou o neo-aramaico judeu a ser substituído pelo hebraico moderno entre os filhos dos imigrantes. Na prática, a extinção de muitos dialetos judeus parece iminente.
Aramaico moderno oriental
O aramaico moderno oriental existe em uma ampla variedade de dialetos e línguas. Há uma diferença significante entre o aramaico falado por judeus, cristãos e mandeanos.
As línguas cristãs são chamadas frequentemente de siríaco moderno (ou neo-siríaco, especialmente no que se refere à sua literatura), sendo fortemente influenciado pela língua literária e litúrgica do siríaco médio. Entretanto, elas têm suas raízes em diversos dialetos aramaicos locais, que não foram escritos, e não são exclusivamente as descendentes diretas da língua de Efraim o Sírio.
O siríaco ocidental moderno (também chamado de neo-aramaico, estando entre o neo-aramaico ocidental e o neo-siríaco oriental) é representado geralmente pelo idioma turoyo, a língua de Tur Abdin. Um idioma aparentado, Mlahsô se extinguiu recentemente.
As línguas orientais cristãs (siríaco moderno oriental ou neo-aramaico oriental) são chamadas frequentemente de Sureth ou Suret, a partir de um nome nativo. São também chamadas às vezes de assírias ou caldéias, porém estes nomes não são aceitos por todos os nativos. Os dialetos não são todos mutuamente inteligíveis. As comunidades siríacos orientais geralmente são membros ou da Igreja Católica Caldéia ou da Igreja Assíria do Oriente.
As línguas judeo-aramaicas modernas são faladas principalmente em Israel hoje em dia, e a maioria delas estão entrando em extinção (os falantes mais antigos não estão passando a língua às gerações mais jovens). Os dialetos judeus que vieram de comunidades que viviam entre o lago Urmia e Mosul não são todos inteligíveis entre si. Em alguns lugares, como Urmia, cristãos e judeus falam dialetos incompreensíveis entre si do aramaico moderno oriental, embora habitem os mesmos lugares. Em outros, como nas planícies próximas a Mosul, por exemplo, os dialetos das duas comunidades são similares o bastante para permitir a interação.
Alguns poucos mandeanos que vivem na província do Khuzistão, no Irã, falam o mandaico moderno. É bem diferente de qualquer outro dialeto aramaico.
Aramaico ocidental moderno
Resta muito pouco do aramaico ocidental. Ele ainda é falado na vila cristã de Maalula, na Síria, e na vilas muçulmanas de Baca e Jubadin, no lado sírio do Anti-Líbano, assim como por algumas pessoas que migraram destas vilas para Damasco e outras grandes cidades da Síria. Todos os falantes de aramaico ocidental moderno são fluentes em árabe, que já se tornou o principal idioma nestas vilas.
Bibliografia
- Beyer, Klaus (1986). The Aramaic language: its distribution and subdivisions. Göttingen: Vandenhoeck und Ruprecht. ISBN 3-525-53573-2.
- Casey, Maurice (1998). Aramaic sources of Mark's Gospel. Cambridge University Press. ISBN 0-521-633141-1.
- Frank, Yitzchak (2003). Grammar for Gemara & Targum Onkelos (expanded edition). Feldheim Publishers / Ariel Institute. ISBN 1-58330-606-4.
- Heinrichs, Wolfhart (ed.) (1990). Studies in Neo-Aramaic. Atlanta, Georgia: Scholars Press. ISBN 1-55540-430-8.
- Rosenthal, Franz (1961). A grammar of Biblical Aramaic. Otto Harrassowitz, Wiesbaden.
- Stevenson, William B. (1962). Grammar of Palestinian Jewish Aramaic (2nd ed.). Clarendon Press. ISBN 0-19-815419-4.
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