martes, 1 de marzo de 2011

O Grego


Veículo fundamental de difusão do modo de vida grego no Oriente é a língua grega, conhecida  sob a forma de koiné.
Koiné significa "comum", e designa a língua única, comum a todos, que substitui, após as conquistas de Alexandre Magno, a pluralidade dos dialetos gregos. Esta língua, mais simples do que o grego clássico e mais flexível na absorção de elementos novos, torna-se instrumento indispensável para a comunicação dos povos tão diferenciados que constituem as monarquias helenísticas.
O grego bíblico, tanto da Septuaginta (LXX) como do Novo Testamento (NT), é a koiné. A koiné literária está na literatura extra-bíblica, como a maioria das inscrições e alguns papiros, enquanto a koiné falada está na maioria dos papiros, dos óstraca e da Bíblia. Só Lucas e a Carta aos Hebreus aproximam-se do tipo literário.
Qual é a origem da língua grega e da koiné?
A família lingüística conhecida como indo-européia se ramifica em oito sub-famílias: Indo-iraniano, Balto-eslávico, Germânico, Céltico, Itálico, Armênio, Albanês e GREGO.
No fim do III milênio ou começo do II milênio a.C. tribos vindas do norte introduzem o indo-europeu na Grécia. Os gregos não chamam sua pátria de Grécia, mas de Hellás e a si mesmos de helenos, nome derivado de uma tribo que, na época das migrações indo-européias, se estabelece em parte da Tessália.
O nome "Grécia" é de origem latina. Os latinos chamam os colonos de Cumas - colônia grega situada na Campânia, Itália, fundada em meados do século VIII a.C. - de Graii, pois Graia é o nome de um distrito da Grécia de onde vêm alguns desses colonos. Graeci deriva de Graii, chegando a Graecia, nome dado pelos romanos à Hellás.
As tribos indo-européias vindas do norte se instalam na boca do golfo Malíaco, acima do desfiladeiro das Termópilas, e podem ser os primeiros "helenos". Estes invasores são chamados de Aqueus (akkáioi). Conquistam progressivamente a maior parte da Grécia e também Micenas, na Argólida, que é colônia de Creta.
Os invasores que avançam mais para o sul passam a falar o dialeto jônico, enquanto que os que ficam na Tessália e na Beócia falam o dialeto eólio. Os que ocupam o Peloponeso falam o dialeto arcádio, que talvez seja a língua original dos aqueus.
No início do século XII a.C. os dórios, que habitam o Épiro, invadem a Tessália, a Beócia e o Peloponeso, destruindo a civilização micênica. Alguns dos povos que falam o jônico e o eólio migram para a Ásia Menor e para as ilhas próximas daquela região, o arquipélago das Cíclades. Depois os dórios também migram para as Cíclades do sul e ocupam igualmente Creta e Rodes.
Então, o dialeto eólio passa a ser falado desde a Tessália e a Beócia até o norte da Ásia Menor, enquanto o dialeto jônico é falado desde a Ática - o ático é uma forma especial de jônico - e a Eubéia até a Jônia. E o dialeto dórico é falado no Peloponeso e nas Cíclades do sul, enquanto o dialeto arcádio é falado na Arcádia (no Peloponeso), em Chipre e na Panfília.
Quando é criado o império ateniense no século V a.C. acontece uma tendência unificadora com predominância do dialeto ático. Com a conquista macedônia adota-se um dialeto único, baseado no ático, que é a koiné diálektos, a koiné do mundo helenístico.

No hay comentarios:

Publicar un comentario