martes, 1 de marzo de 2011

Tel Chai


Shalom amigos,
Esta é uma história sobre uma derrota que se tornou um símbolo de heroísmo; esta é uma história sobre fazendeiros que foram forçados a se tornarem guerreiros; esta é uma história sobre um lugar que era chamado de "colina da vida" e se transformou em um lugar de morte, esta é uma história sobre um homem cujas últimas palavras foram: "Não importa, é bom morrer pelo nosso país". Esta é a história de Tel Chai (תֵּל חַי).
 
Após a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial e os acordos entre britânicos e Franceses a respeito do controle sobre a área de Eretz Yisra’el, os franceses ganharam jurisdição sobre a seção norte da Galiléia Superior. Essa área abrigava quatro pequenas vilas judias isoladas da área principal de assentamento judaico. Os nomes das vilas eram Tel Chai, Metula, Hamrah, e Kfar Gil'adi.
 
Nessa época, os árabes dessa área não estavam engajados em se opor ao Sionismo, mas sim em se opor à imposição do Mandato Francês da Síria. Os pioneiros do Sionismo, em Tel Chai, ficaram neutros nesse conflito, mas alguns árabes acreditavam que os pioneiros judeus estavam colaborando com os franceses.
 
O pequeno assentamento judeu de Tel Chai foi construído na terra comprada pelo Barão de Rothschild no final do século XIX. Os aldeões moravam em algumas construções localizadas dentro do pátio murado que deveria protegê-los de visitantes indesejados. Eles dividiam as habitações com suas vacas e cavalos e todos os dias saíam para cultivar suas terras. Conforme a tensão com os árabes na área aumentou, um reforço foi enviado para ajudar Tel Chai. O movimento Sionista enviou um de seus militares mais experientes - o maneta Yosef Trumeldor que estava servindo como oficial no Exército Russo durante a Guerra Nipo-Russa de 1905.
 
Em 1º de março de 1920, no dia 11 do mês hebraico de Adar (י"א בַּאֲדָר, תר"פ), centenas de xiitas se aproximaram do portão de Tel Chai e exigiram investigar as construções com suspeita de que havia soldados franceses no interior. Com a permissão de Trumpeldor, alguns árabes entraram para verificar se havia soldados franceses. Alguns minutos depois, irrompeu um confronto armado. Há diferentes versões a respeito das razões do início do conflito armado – alguns alegam que os árabes entraram sem intenção de lutar, mas quando avistaram uma mulher armada, um visão que era claramente estranha aos seus códigos culturais, eles se sentiram insultados e o confronto começou. Outros alegam que os árabes entraram com a intenção premeditada de tomar posse e matar os pioneiros sionistas ou expulsá-los da área.
 
Quando o som do disparo foi ouvido, Trumpeldor ordenou aos demais que abrissem fogo. Os árabes, que estavam esperando do lado de fora do pátio murado, juntaram-se à luta – centenas de árabes contra alguns fazendeiros e soldados liderados por Trumpeldor. A batalha durou algumas horas até que escureceu. Durante a batalha, Trumpeldor foi gravemente ferido e outros cinco foram mortos. Quando os árabes se dispersaram, o reforço de Kfar Gila’adi chegou trazendo Dr. Geri. O pessoal de Tel Chai transferiram os feridos para Metula onde o Dr. Geri esperava operar Trumpledor. Antes de partirem de Tel Chai, eles queimaram os pátio e as construções, não restando nada além de chamas atrás de si. No caminho para Metula, Trumpeldor morreu. Acredita-se que suas últimas palavras foram:
 
 "אֵין דָּבָר, טוֹב לָמוּת בְּעַד אַרְצֵנוּ"
“ein davar, tov lamut be’ad artsenu”
"Não importa, é bom morrer pelo nosso país"
 
Essas palavras e a batalha de Tel Chai foram gravadas na memória coletiva sionista e israelense como um símbolo de autodefesa, heroísmo e bravura.
 
O Pátio de Tel Chai Reconstituído por Gidi Abramovich
O Pátio de Tel Chai Reconstituído por Gidi Abramovich
לְהִתְרָאוֹת,
שִׁירָה כֹּהֵן-רֶגֶב
Shira Cohen-Regev
A Equipe eTeacherHebrew 
 
Monumento Memorial Hebraico

Nos combates antes da batalha principal, dois membros da comunidade de Tel Chai foram mortos. Durante a batalha em si, mais seis pessoas morreram incluindo Trumpeldor. Os oito judeus foram enterrados em duas valas comuns em Kfar Giladi – uma para as duas mulheres (Dvora Drechler e Sarah Chizik) e outra para os 6 homens (Trumpeldor, Sherf, Toker, e Montar) que morreram lá.
 
No ano de 1928, Sir Alfred Mond (Baron Melchett) viajou pela Galiléia superior e visitou os túmulos. Ele percebeu que nenhum monumento formal tinha sido construído e pediu ao escultor Aaron Melnikov que construísse um. Melnikov esculpiu uma estátua de um leão rugindo para simbolizar os “filhos do leão de Judá” (גּוּר אַרְיֵה יְהוּדָה) e mostrar a ligação entre a antiga nação de Israel e o renascimento da nação. Os nomes dos oito heróis de Tel Chai foram gravados na estátua monumental. O monumento é conhecido como o “Leão Rugindo” (הָאַרְיֵה הַשּׁוֹאֵג, ha’arye hasho’eg).
 
A cidade próxima ao local foi chamada de Kiryat Shemona que significa “Cidade dos Oito” depois que os oito morreram defendendo Tel Chai.
 
O Leão Rugindo por Avishay Ticher
O Leão Rugindo | Fotógrafo: Avishay Ticher
 
Palavras Hebraicas
גִּבּוֹר, גִּבּוֹרָה, גִּבּוֹרִים, גִּבּוֹרוֹת
Função Gramatical: substantivo, adjetivo
Transcrição:  Gibor (SM), gibora (SF), giborim (PM) giborot (PF)
Tradução: herói, valente
Gibor
אַרְיֵה
Função Gramatical: substantivo, masculino
Transcrição:  arye
Tradução: leão
Arye
קְרַב 
Função Gramatical: substantivo, masculino
Transcrição:  krav
Tradução: batalha, combate
krav
חָצֵר 
Função Gramatical: substantivo, feminino
Transcrição:  xatser
Tradução: quintal
Xatser
אַנְדַּרְטָה 
Função Gramatical: substantivo, feminino
Transcrição:  andarta
Tradução: monumento memorial
Andarta
 
Canções Hebraicas

Na Galiléia em Tel Chai
Letra: Aba Chushie
Melodia: Ukraine folk
בַּגָּלִיל בְּתֵל חַי
מִלִּים: אַבָּא חוּשִׁי
לַחַן : עֲמָמִי אוּקְרָאִינִי
Trumpeldor
TraduçãoTransliteração 
Na Galiléia, em Tel Chai,
Trumpeldor caiu (na batalha).
Pela a nossa nação, pelo o nosso país
O herói Josef caiu.
Pelas montanhas, pelas colinas
Ele correu para libertar o nome de Tel Chai,
Para dizer aos seus irmãos de lá:
“Sigam-me.”
bagalil, betel xai,
trumpeldor nafal.
be’ad amenu, be’ad artsenu
gibor yosef nafal.
derex harim, derex gba’ot
rats lig’ol et shem tel xai,
lemor la’axim sham:
“lexu be’ikvotay.”
בַּגָּלִיל, בְּתֵל חַי,
טְרוּמְפֶּלְדּוֹר נָפַל.
בְּעַד עַמֵּנוּ, בְּעַד אַרְצֵנוּ
גִּבּוֹר יוֹסֵף נָפַל.
דֶּרֶך הָרִים, דֶּרֶךְ גְּבָעוֹת
רָץ לִגְאֹל אֶת שֵׁם תֵּל חַי,
לֵאמֹר לָאַחִים שָׁם:
"לְכוּ בְּעִקְּבוֹתַי".
“Em todo lugar
Em todo momento
Lembrem-se de mim,
Porque eu lutei e também caí
Pelo meu país.
Eu avancei o dia todo
E à noite eu empunhei um cano da espingarda
Até o último momento”.
“bexol makom
uv’xil rega
tizkeru oti,
ki nilxamti vegam nafalti
be’ad moladeti.
kol hayom ani xarashti
uvalayla kne rove beyadi axazti
ad harega ha’axaron”.
 
"בְּכָל מָקוֹם
וּבְכָל רֶגַע
תִּזְכְּרוּ אוֹתִי,
כִּי נִלְחַמְתִּי וְגַם נָפַלְתִּי
בְּעַד מוֹלַדְתִּי.
כָּל הַיּוֹם אֲנִי חָרַשְׁתִּי
וּבַלַּיְלָה קְנֵה רוֹבֶה בְּיָדִי אָחַזְתִּי
עַד הָרֶגַע הָאַחֲרוֹן."
Você pode escutar a música desta canção aqui.
 
Caça-Palavras

Veja se você consegue encontrar todas as palavras no caça-palavras abaixo:
אֲדָר, אַנְדַּרְטָה, אַרְיֵה, גִּבּוֹר, גָּלִיל, דְּבוֹרָה, חָצֵר, טְרוּמְפֶּלְדּוֹר, יוֹסֵף, קְרַב, תֵּל חַי
 
Caça-Palavras Tel Chai
 
Nomes Hebraicos
יוֹסֵףYosef
Nome:José (Yoseph, Yosef)
Gênero:Masculino
Significado:O nome יוסף é a forma futura (terceira pessoa do singular) do verbo להוסיף (le’hosif, “adicionar”). Raquel, mãe de José, desejou que Deus lhe desse mais um filho.
História:Há várias pessoas na Bíblia chamadas de José. A mais importante dentre elas foi José, o filho de Jacó e Raquel. Faraó, o rei do Egito, o tornou governador do Egito.
Citação:“Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. Ela concebeu, deu à luz um filho e disse: Deus me tirou o meu vexame. E lhe chamou José, dizendo: Dê-me o SENHOR ainda outro filho.” Genesis 30: 22-24

דְּבוֹרָהDvora
Nome:Débora (Dvora)
Gênero:Feminino
Significado:Abelha
História:Há duas mulheres na Bíblia chamadas de Débora. Uma delas é a profetiza Débora.
Citação:"Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo." Juízes 4: 4-5.

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